Pelos dados finais de 2008 e de 2014, temos o seguinte:
2008 | 2014 | Variação anual | |
---|---|---|---|
Contribuições SS | 13.082M€ | 13.658M€ | +0.7% |
Pensões pagas SS | 12.818M€ | 15.457M€ | +3.2% |
Contribuições CGA | 2.298M€ | 5.018M€ | +13.9% |
Pensões pagas CGA | 6.079M€ | 8.503M€ | +4.0% |
Contribuições SS+CGA | 15.380M€ | 18.676M€ | +3.3% |
Pensões pagas SS+CGA | 19.528M€ | 23.959M€ | +3.5% |
Três comentários:
- as contribuições para a CGA são, em grande medida, destinadas a pensões;
- as contribuições para a SS abrangem muitas outras pretações socias para além das pensões: Subsídio familiar a crianças e jovens; Subsídio por doença; Subsídio desemprego e apoio ao emprego ; Complemento Solidário para Idosos; Outras prestações; Ação social; Rendimento Social de Inserção; pensão velhice do regime substitutivo dos bancários...
- o aumento das contribuições para a CGA deve-se, em grande medida, ao aumento do pagamento por parte do Estado das contribuições devidas enquanto entidade empregadora, o que não era feito há muitos anos.
O saldo entre as contribuições e os pagamento (só de pensões!) tem aumentado em cada ano que passa e (também) passa, por aqui, a resolução para a viabilidade das contas públicas.
Não defendo que as pensões sejam altas, apenas que o seu cálculo seja revisto para que este saldo não aumente indefinidamente a bem das gerações actuais e futuras.
Não defendo que as pensões sejam altas, apenas que o seu cálculo seja revisto para que este saldo não aumente indefinidamente a bem das gerações actuais e futuras.
3 comentários:
Caro blogger: não sei se estaremos todos interessados em discutir apenas os efeitos da situação (na verdade, preocupante). Eu também estou interessado nas causas.
Manda a verdade que se diga, até porque toca numa das causas do estado calamitoso da CGA (o Estado nunca contribuíu o que lhe competia como entidade patronal) que o tema da insustentabilidade do pagamento das pensões seja LIGADO às CAUSAS e não apenas aos efeitos.
De outro modo, só posso ver no seu post "mais do mesmo" como justificação para punir quem é reformado.
Não é isso que pretende, pois não?
Olá Caro Blogger.
Sou um grande admirador do seu blog, pois acho-o bastante interessante e completo. Gostava de saber se na proxima publicação se podia abordar o assunto da divida portuguesa e por onde ela está realmente destribuida.
Exatamente, "o Estado nunca contribuíu o que lhe competia como entidade patronal", já não contando do dinheiro que retirava da SS para suprir outras
obrigações.
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