terça-feira, 20 de julho de 2010

Execução Orçamental : 1º Semestre 2010



Foram agora publicados os números relativamente aos primeiros 6 meses do ano.
Alguns números: (entre parêntesis a variação relativamente a 2009)

Receita Total : 16.665.900.000€ (+556M€ ; +3.5%)
Das quais :
Receitas fiscais : 14.685.900.900M€ (+832M€ ; +6.0%)
IRS : 3.158.600.000€ (-491M€ ; -13.5%)
IRC : 2.483.700.000€ (+261M€ ; +11.8%)
IVA : 5.845.800.000€ (+818M€ ; +16.3%)
ISP : 1.182.100.000€ (-10M€ ; -0.8%)


Despesa Total : 24.428.900.000M€ (+1.018M€ ; +4.3%)
Despesa Corrente Primária : 20.234.100.000€ (+1.071M€ ; +5.6%)
Despesa de Capital : 1.214.300.000€ (-116M€ ; -8.7%)

Saldo : -7.763.000.000M€ ( aprox. 4.7% PIB previsto em 2010 )

JUNHO 2010




O mês de Junho/2010 confirmou a necessidade do país aumentar a sua dívida. No final do mês passado, a dívida chegou aos 142.614.027.148€ . A variação mensal foi de 1.7%, e o aumento neste ano, relativamente ao final de 2009, vai em 7.4%.
Relativamente ao PIB, está em cerca de 86%.

As medidas anunciadas de aumento de receitas e diminuição de despesas foram adoptadas no início de Julho e tenderão a fazer-se sentir lá mais para frente.
Para já, o cenário continua a ser muito mau.

Aguardemos pelo relatório de execução orçamental deste mês.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Dívida Directa do Estado - 1980/2009



Neste período, a dívida directa do estado aumentou 14.89% (anualizado)...
Fica o gráfico, não são necessários comentários.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Plano Inclinado - 5 de julho de 2010




Mais um programa em que se GRITA que o estado a que o Estado chegou é completamente surreal.
Todos temos culpa e acredito que cada um estará disposto à sua parte de esforço para que possamos não sofrer tanto com os ajustes.
Mas aqui, como sempre, o exemplo terá de vir de cima e a honestidade e seriedade terá de ser sempre o guis em todas as actividades.

Aumento das receitas, cortes nas despesas. Julho 2010.



Na tentativa de colocar as contas em ordem, foram tomadas algumas medidas que se traduzem num aumento (esperado) de receita

  • Aumento da taxa reduzida do IVA de 5% para 6% (+20%)
  • Aumento da taxa intermédia do IVA de 12% para 13% (+8.3%)
  • Aumento da taxa normal do IVA de 20% para 21% (+5%)
  • Aumento das taxas de retenção na fonte em IRS (1% ou 1,5%)
  • Aumento da taxa de IRS que incide nos juros dos depósitos a prazo
Eu não sei qual o peso de cada uma das taxas na cobrança total do IVA mas supondo que:
- taxa máxima : 50%
- taxa intermédia : 30%
- taxa reduzida : 20%

tem-se um aumento esperado de 9% nas receitas de IVA. A ver vamos...

Quanto ao IRS, em 2011 teremos as taxas seguintes : (fonte)


Rendimento Colectável 
Taxas Rendimentos de 2011 
Até 4.793
11,5
De mais de 4.793 até 7.250
14
De mais de 7.250 até 17.979
24,5
De mais de 17.979 até 41.349
35,5
De mais de 41.349 até 59.926
38
De mais de 59.926 até 64.623
41,5
De mais de 64.623 até 149.999
43,5
Superior a 150.000
46,5


e já este ano de 2010 teremos as taxas seguintes : (fonte)


Rendimento Colectável 
Taxas Rendimentos de 2010 
Até 4.793
11,08
De mais de 4.793 até 7.250
13,58
De mais de 7.250 até 17.979
24,08
De mais de 17.979 até 41.349
34,88
De mais de 41.349 até 59.926
37,4
De mais de 59.926 até 64.623
40,88
De mais de 64.623 até 149.999
42,88
Superior a 150.000
45,88


o que representa, para os escalões respectivos um aumento de :


Nos casos extremos :
  • rendimento de 4.793€ pagou 503,27€ em 2009 e pagará 551,20€ em 2011 ;
  • rendimento de 60.000€ pagou 25.200€ em 2009 e pagará 26.100€ em 2011.
Veremos até que ponto estes aumentos não serão anulados pela quebra do consumo e pelo aumento do desemprego.

Relativamente ao aumento da taxa de IRS nos juros dos depósitos a prazo, prevejo com base nisto um aumento da receita de 50M€ a 75M€, embora aqui os dados que conheço sejam escassos para uma previsão mais apurada.