O aumento da receita fiscal é o garante da melhoria das contas do Estado, nos primeiros 3 meses de 2011.
75% da melhoria do défice (sim, ainda temos défice) é feito do lado das receitas.
Nas despesas, continua muito por fazer.
Vejamos alguns números:
- IRS : +275 M€ (+13.0%) - não consigo explicar esta, embora tenha a minha suspeita...
- IVA : +557 M€ (+18.4%) - reflexo do aumento da taxa máxima de IVA
- IRC : +183 M€ (+54.3%) - (ainda o) reflexo da tributação de dividendos estraordinários em dezembro.
- ISP : +1M€ (+0.2%) - contracção no consumo de combustível
- ISV : +12 M€ (+6.6%) - reflexo da antecipação da compra de carros para dezembro
- IUC : +6 M€ (+16.3%) - idem
Estes 6 itens representam 1034 M€ dos 1155 M€ de aumento da receita.
No campo das despesas:
- Despesas com pessoal : -198.2 M€ (-8.2%) - este é um número estranho visto que os cortes tinham como objectivo 5%. Haverá aqui factores que desconheço (redução de horas extraordinárias, suplementos e ajudas de custo?)
- Aquisição de bens e serviços correntes : +98.3 M€ (+49.5%) - aqui há muito a fazer...
- Juros e outros encargos : -41.1M€ (-17.7%) - esta descida tem a ver com as datas de vencimento das OT e dos BT.
- Pensões pagas pela CGA : +56 M€ (+3.1%)
- Pensões pagas pela SS : +86 M€ (+2.9%)
Relembro o que escrevi há um mês:
O final do mês de março vai trazer números bons, espero eu, e o desafio será quando chegarem os de abril e seguintes. Os juros começarão a pesar por essa altura...