domingo, 30 de novembro de 2014

Dívida Pública Portuguesa - OUT/2014



Dívida Pública Portuguesa total (OUT/2014) : 216.925.676.274


A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados: 

2014 : + 35.243.801€ (últimos 12 meses terminados em OUT/2014)
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€

2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida diminuiu cerca de 3.110M€.

Comentários:

1. nos últimos 12 meses, os certificados de aforro e tesouro foram responsáveis por cerca de 37% do aumento da dívida, o que continua a ser um bom sinal de poupança interna.

2. 7.5% (7.1% no mês passado) do total da dívida é detida, diretamente, por particulares. Esta %% continua a aumentar, o que são boas notícias, tal como referido no ponto anterior.

Tal como antecipado, neste mês a dívida emitida diminuiu, e não prevejo grandes flutuações para o mês de Novembro.

Até breve!

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Execução orçamental - JAN/OUT_1999 a JAN/OUT_2014



Sabendo-se já como correu a execução orçamental até final de outubro de 2014, comparemos esses dados a sua evolução desde 1999 com os de outubro de 1999:

NOTA : os números referem-se aos 10 primeiros meses de cada ano, não são exatamente referentes às datas exatas da eleição dos primeiro-ministros referidos. As percentagens designam a CARG . A inflação não é tida em conta, os valores são os que constam das execuções orçamentais e não refletem alterações contabilística que possam ter ocorrido.

Deixo apenas os números, cada um pode analisar por si.

de 1999 a 2002 (António Guterres)
Receita total : + 3.8%
Despesa total : + 11.3%
Saldo Primário : passou de positivo (7.5% das receitas) a negativo (-15.3% das receitas)
Despesas com pessoal : + 9.6%
Despesas com juros : + 8.8%

Despesas com pessoal + juros, passaram de :
  •  47.7% das receitas para 55.9% das receitas
  •  45.0% das despesas para 42.7% das despesas
de 2002 a 2005 (Durão Barroso + Santana Lopes)
Receita total : + 3.0%
Despesa total : + 3.0%
Saldo Primário : agravou-se 3.7% ao ano
Despesas com pessoal : + 2.8%
Despesas com juros : + 2.1%

Despesas com pessoal + juros, passaram de :
  •  55.9% das receitas para 55.2% das receitas
  •  42.7% das despesas para 42.3% das despesas
de 2005 a 2011 (José Sócrates)
Receita total : + 5.6%
Despesa total : + 5.2%
Saldo Primário : agravou-se 5.2% ao ano
Despesas com pessoal : - 0.1%
Despesas com juros : + 2.6%

Despesas com pessoal + juros, passaram de :
  •  55.2% das receitas para 47.8% das receitas
  •  42.3% das despesas para 37.0% das despesas
de 2011 a 2014 (Passos Coelho)
Receita total : + 3.3%
Despesa total : + 1.1%
Saldo Primário : melhorou 7.3% ao ano
Despesas com pessoal : - 8.8%
Despesas com juros : + 15.1%

Despesas com pessoal + juros, passaram de :
  •  47.8% das receitas para 42.5% das receitas
  •  37.0% das despesas para 35.1% das despesas

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Dívida Pública SET/2014 - Notícias e dados do Banco de Portugal



Hoje várias notícias vieram a lume sobre este tema.

Os dados que vou aqui expôr constam do Boletim Estatístico do Banco de Portugal de Novembro/2014 e a sua interpretação são da minha responsabilidade, e está sujeita a erros por não ser especialista na matéria.

PIB (últimos 4 trimestres) : 173.407.800.000€
Dívida (no final de SET/2014) : 207.396.000.000€ (incui depósitos, que abatem à dívida total)

Rácio Dívida/PIB : 119.6%

Os dados que aqui coloco são os do IGCP, que não incluem os depósitos que o Estado tem (imagino que) na banca.

Aumento da dívida líquida nos últimos 12 meses: 9.175.000.000€ (ou 25.136.990€ por dia)

Cruzando estes dados com os do IGCP, cerca de 45% da dívida foi para Certificados subscritos por particulares.

Isto significa que, o crescimento da dívida está a desacelerar e que está a ficar, em grande medida, nos particulares.

Em termos práticos, e a meu ver, esta situação tem uma desvantagem e uma vantagem. A desvantagem é que em caso de haircut nas obrigações, os certificados poderão apanhar por tabela. A vantagem é que o país fica menos dependente do exterior por três razões: menos empréstimos contraídos no estrangeiro, mais consumo privado fruto dos juros recebidos e mais IRS cobrado, pois no caso dos particulares há pagamento deste imposto sobre os juros.

Até breve!

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Retrato do sistema público de pensões em Portugal



Deixo o link para um estudo que faz um retrato do sistema público de pensões e conclui pela sua reforma urgente:

Os desafios dos Sistemas Públicos de Pensões em Portugal

Como em qualquer estudo poderemos estar de acordo, ou não, com os seus pressupostos mas, quanto a mim, a sua verdadeira utilidade é o de agitar as consciências para este problema que se fará sentir por muitos e muitos anos.

Até breve!