segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Dívida Directa do Estado - Novembro 2011



Dívida total (fim de novembro de 2011) : 174.686.955.628€

Média diária em 2011 (até final de novembro) : 68.599.781€
Média diária em 2010 : 52.132.112€
Média diária em 2009 : 39.133.457€


Até ao final de novembro de 2011 ano a dívida acumulada aumentou cerca de 15%.

O perfil dos instrumentos de dívida têm vindo a mudar e em 10 anos realça-se a diminuição em 65p.p. do peso da dívida em certificados de aforro. O grande instrumento de poupança de privados até 2001 perdeu adeptos e ameaça tornar-se residual em termos de peso na dívida. Pena é que os Certificados do Tesouro tenham aparecido numa altura má em termos de poupança nos particulares. Ainda assim, cerca de 0.8% do PIB está investido neste produto.

Nov-01 Nov-11
   OT /Fixed rate Treasury Bonds 58.4% 59.5%
   Certific. Aforro + Certific. Tesouro 20.6% 7.4%
   Outros 21.0% 32.3%



Nos outros está incluída a ajuda internacional em curso ao nosso país.

sábado, 26 de novembro de 2011

Execução Orçamental - JAN/OUT 2011 (comentário 2)



A austeridade e o aumento de impostos levaram a que o défice do sub-sector estado diminuísse quase 3.000M€.
1/3 desta melhoria é devido ao aumento da cobrança do IVA mas, verdade seja dita, que a despesa corrente primária também caiu bastante : 6.7%)

Em termos globais, a receita contribuiu para 50.7% desta melhoria enquanto que a despesa 49.3%.

Em Novembro, fruto da contribuição extraordinária no IRS, um brusco aumento no IRS enquanto que as receitas do IVA tenderão a estagnar o seu aumento. Em termos de despesas correntes é de esperar o seu bom comportamento mas nos juros e despesas com pensões o peso continuará a sentir-se.

Pelo menos, é esta a minha perspectiva.

Execução Orçamental - JAN/OUT 2011 (comentário)



Alguns dos itens que tenho vindo a acompanhar:


- Despesas com pessoal : -948.7 M€ (-10.5%) - baseada na passagem à aposentação de muitos funcionários, na redução dos vencimentos e redução na contratação de novos funcionários e na reclassificação de certas despesas. (Em base comparável a descida é de 6.3%)
- Aquisição de bens e serviços correntes : +274.2 M€ (+28.9%)

- Juros e outros encargos : +601M€ (+11.7%) - a reflectir o aumento da dívida e das taxas de juro

- Pensões pagas pela CGA : +235 M€ (+3.5%)
- Pensões pagas pela SS : +344 M€ (+3.1%)


( SOMA DOS 3 ITENS : 1180.2M€ (+5.2%) )

Execução Orçamental - JAN/OUT 2011



JANEIRO-OUTUBRO 2011

Receita Total : 30484.2M€ (+1512.8M€ ; +5.2%)
Das quais :
Receitas fiscais : 27284.6M€ (+1354.3M€ ; +5.2%)
IRS : 7093.6€ (+141.7M€ ; +2.0%)
IRC : 4172.7€ (+473.2M€ ; 12.8%)
 IVA : 10671.5€ (+927.1M€ ; +9.5%)
ISP : 1947.8€ (-69.1M€ ; -3.4%)

Despesa Total : 39384.4M€ (-1471.6M€ ; -3.6%)
Despesa Corrente Primária : 31130€ (-2233.2M€ ; -6.7%)
Despesa de Capital : 2502.6€ (-160.3M€ ; -6.8%)

Saldo : -6561.5M€ ( aprox. -5.32% do PIB previsto em 2011)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Dívida Directa do Estado - Setembro 2011



Só para manter a tradição, ficam os números da dívida até final de Setembro.

Dívida total (fim de setembro de 2011) : 178.165.462.379,93€

Média diária em 2011 (até final de setembro) : 99.669.721€
Média diária em 2010 : 52.132.112€
Média diária em 2009 : 39.133.457€

Até ao final do 3º trimestre do ano a dívida acumulada disparou quase 21%.

Ainda hoje foi confirmado que um novo pacote de 8.000M€ chegará em Janeiro e foi hoje vendida dívida no montante de 1.123M€.
Estes deverão ajudar ao pagamento de mais de 3.000M€ que vencem amanhã...


sábado, 22 de outubro de 2011

Execução Orçamental - JAN/SET 2011



JANEIRO-SETEMBRO 2011

Receita Total : 27896.7M€ (+1364.5M€ ; +5.1%)
Das quais :
Receitas fiscais : 25032.8M€ (+1275.7M€ ; +5.4%)
IRS : 6334.7€ (+133.2M€ ; +2.1%)
IRC : 3992.1€ (489.9M€ ; -13.9883501798869%)
IVA : 9872.9€ (+815.4M€ ; +9.0%)
ISP : 1757.5€ (-57.1M€ ; -3.1%)             

domingo, 9 de outubro de 2011

Dívida Directa do Estado - Agosto 2011




Dívida total (fim de agosto de 2011) : 168.888.465.868,40€

Média diária em 2011 (até final de agosto) : 70.427.314€
Média diária em 2010 : 52.132.112€
Média diária em 2009 : 39.133.457€

Até ao final do 1º semestre do ano a dívida acumulada disparou quase 21% mas, desde então, tem descido. Pode ser um bom indício, juntando às medidas que têm sido tomadas para diminuir a despesa do Estado.
É muito polémica a forma como essa redução tem sido feita, mas talvez não houvesse outra forma de o fazer. Durante este mês, os números que forem saindo darão para ter uma perspectiva do que será o final do ano. Mas penso que mais cortes (+IRS ?) serão necessários, a menos que as privatizações permitam um encaixe superior ao que neste momento se afigura como provável.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Execução Orçamental até agosto de 2011 (comentário)



Os números mostram uma inversão acerca do que se estava a passar até julho.
Atente-se em:

  • Receita fiscal cresce menos (muito à custa do IRC que desce 9.5%)
  • Despesa corrente primária desce menos que anteriormente.
De notar que o que se está a cobrar a mais de IVA não chega para o aumento dos gastos em juros e pensões.

Certo que nos números do ano anterior já refletem os PEC's sucessivos, mas a situação é grave e urge tomar medidas definitivas de acerto nas contas.

Execução Orçamental até agosto de 2011



JANEIRO-AGOSTO 2011

Receita Total : 23787.6M€ (+1099.7M€ ; +4.8%)

Das quais : Receitas fiscais : 21181.1M€ (+1022.2M€ ; +5.1%)
IRS : 4951.6€ (+93.5M€ ; +1.9%)
IRC : 3169.2€ (-274.1M€ ; -9.5%)
IVA : 8880.9€ (+823.5M€ ; +10.2%)
ISP : 1545.3€ (-52.3M€ ; -3.3%)


Despesa Total : 30989.9M€ (-923.7M€ ; -2.9%)
Despesa Corrente Primária : 25299.4€ (-1616.3M€ ; -6.0%)
Despesa de Capital : 1931.4€ (-174.5M€ ; -8.3%)

Saldo : -7202.3M€ ( aprox. -4.30% PIB previsto em 2011 )




- Despesas com pessoal : -737.1 M€ (-10.0%) - baseada na passagem à aposentação de muitos funcionários, na redução dos vencimentos e redução na contratação de novos funcionários.
- Aquisição de bens e serviços correntes : +242.8 M€ (+33.7%)

- Juros e outros encargos : +447M€ (+14.2%) - a reflectir o aumento da dívida e das taxas de juro

- Pensões pagas pela CGA : +219 M€ (+4.2%)
- Pensões pagas pela SS : +265 M€ (+3.0%)

( SOMA DOS 3 ITENS : 931M€ (+5.4%) )

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Comentário prévio à saída dos números de AGO/2013



É certo que

  • a carga fiscal já aumentou muito este ano;
  • as dificuldades de acesso ao crédito e na tesouraria de muitas empresas são brutais;
  • o aumento do desemprego e a diminuição dos apoios sociais estão a ter consequências trágicas para muitos concidadãos;

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Execução Orçamental - Julho 2011 (comentário 2)



Juros e outros encargos, Pensões CGA e Pensões SS : + 736M€ que em 2010.
Reside aqui a sustentabilidade do futuro do nosso País tal qual o conhecemos.

Execução Orçamental - Julho 2011 (comentário)



No final do mês de julho, 1º trimestre, 39% da redução do défice era devido ao aumento das receitas, e os restantes 61% à diminuição das despesas.
Parece que as medidas começam a surtir efeito, e a querer equilibrar-se. no entanto, extrapolando o valor do défice actual para o resto do ano, já andamos à volta dos 6.3% do PIB para défice de 2011.

O IRS e o IVA estão a perder gás mas ainda assim contribuíram para um aumento de 890M€ nas receitas que subiram apenas 869M€. Isto significa que o resto das receitas não estão a acompanhar este ritmo.

Em compensação, o IRC tende a não prejudicar muito as contas

Parece que as coisas estão bem encaminhadas para o objectivo de 5.9% de défice no final do ano.

Queremos agora ver quais as medidas de estímulo económico para relançar o país!

Execução Orçamental - Julho 2011



JANEIRO-JULHO 2011

Receita Total : 20662.2M€ (+868.5M€ ; +4.4%)
Das quais :
Receitas fiscais : 18318.3M€ (+755.90M€) ; +4.3%)
IRS : 3997€ (+80.1M€ ; +2.0%)
IRC : 3285.6€ (-90M€ ; -2.8%)
IVA : 7398.2€ (+809M€ ; +12.3%)
ISP : 1345.6€ (-38.1M€ ; -2.8%)


Despesa Total : 27349M€ (-1374.6M€ ; -4.8%)
Despesa Corrente Primária : 22048.3€ (-1900.5M€ ; -7.9%)
Despesa de Capital : 1931.4€ (-194.4M€ ; -11.2%)
Saldo : -6151.5M€ ( aprox. 4% PIB previsto em 2011 ) 

- Despesas com pessoal : -658.6 M€ (-10.1%) - continua controlada pela redução salarial, passagem à aposentação de muitos funcionários e redução na contratação de novos funcionários.
- Aquisição de bens e serviços correntes : +199.7 M€ (+42.7%) - na execução deste mês vem referido que o aumento desta rubrica tem, na sua quase totalidade, a ver com "a despesa da ADSE que foi objecto de reclassificação para a rubrica de “aquisição de bens e serviços" em 2011

- Juros e outros encargos : +331.4M€ (10.9%) - a reflectir o aumento da dívida e das taxas de juro
- Pensões pagas pela CGA : +169 M€ (+3.5%)
- Pensões pagas pela SS : +236 M€ (+3.0%)

sábado, 23 de julho de 2011

Execução Orçamental - Junho 2011 (comentário)



No final do 1º trimestre, 76% da redução do défice era devido ao aumento das receitas, e os restantes 24% à diminuição das despesas.
No final do 2º trimestre, os valores são 49% e 51%, respectivamente.
Parece que as medidas começam a surtir efeito, e a querer equilibrar-se. no entanto, extrapolando o valor do défice actual para o resto do ano, andaríamos à volta dos 7% do PIB para défice de 2011.

O IRS e o IVA contribuiram para um aumento de 817.6M€ nas receitas que subiram apenas 772.9M€. revela que se ganhou bastante mas há fontes de receita a secar...
O IRC, o ISP e o ISV são exemplo disso pois renderam, todos juntos, menos 100M€ que em 2010.

Este equilíbrio terá atingir um ponto em que serão as despesas a suportar a diminuição do défice, visto que a actividade económica não o consegue fazer, para já.

Para o mês que vem há mais!

Execução Orçamental - Junho 2011



JANEIRO-JUNHO 2011

Receita Total : 17445.7M€ (+794.5M€ ; +4.7%) +6.9%
Das quais : Receitas fiscais : 15449.2M€ (+772.9M€ ; +5.3%)
IRS : 3250.5€ (+91.9M€ ; +2.9%)
IRC : 2455.5€ (-28.2M€ ; -1.1%)
IVA : 6644.4€ (+798.6M€ ; +13.7%)
ISP : 1153.6€ (-28.5M€ ; -2.4%)

Despesa Total : 23597.2M€ (-831.7M€ ; -3.4%)
Despesa Corrente Primária : 18902.5€ (-1331.6M€ ; -6.6%)
Despesa de Capital : 1693.1€ (-478.8M€ ; -39.4%)
Saldo : -2105.9M€ ( aprox. 1.5% PIB previsto em 2011 )                          


Despesa Total : 17195.5M€ (-1340.8M€ ; -7.2%)
Despesa Corrente Primária : 15366.4€ (-954.8M€ ; -5.9%)
Despesa de Capital : 956.3€ (-26.1M€ ; -2.7%)
Saldo : -6151.5M€ ( aprox. 3.6% PIB previsto em 2011 )

- Despesas com pessoal : -442.8 M€ (-8.0%) - aparentemente, continua controlada pela redução salarial, passagem à aposentação de muitos funcionários e redução na contratação de novos funcionários.
- Aquisição de bens e serviços correntes : +218.8.8 M€ (+37.4%) - na execução deste mês vem referido que o aumento desta rubrica tem, na sua quase totalidade, a ver com "a despesa da ADSE que foi objecto de reclassificação para a rubrica de “aquisição de bens e serviços" em 2011
- Juros e outros encargos : +31.1M€ (0.7%) - a reflectir o aumento da dívida e das taxas de juro
- Pensões pagas pela CGA : +126 M€ (+3.5%)
- Pensões pagas pela SS : +175 M€ (+2.9%)

Dívida Directa do Estado - Junho 2011



Infelizmente, a dívida publica aumentou muito.
Segundo o IGCP, "O aumento da dívida deveu-se à emissão de BT, ...,  e ao Programa de Assistência Financeira, que contribuiu para um aumento do stock da dívida em EUR 11.878 milhões."


Os juros irão carregar os próximos anos...
Enfim, os números:


Dívida total (fim de junho de 2011) : 172.393.241.183,44€

Isto significa que a dívida directa do estado é agora de 100% do PIB foram atingidos.
Embora os números não sejam directamente comparáveis com os de junho de 2010, retenho o facto de a dívida já ter aumentado mais do que em todo o ano de 2010. No cenário actual, o não aumento da dívida até final deste ano seria uma notícia excelente. Ficam os números:

Média diária em 2011 (até final de junho) : 113.914.986€
Média diária em 2010 : 52.132.112€
Média diária em 2009 : 39.133.457€

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Execução Orçamental - Maio 2011



JANEIRO-MAIO 2011


Receita Total : 15089.6M€ (+970.9M€ ; +6.9%)
Das quais :
Receitas fiscais : 13512.6M€ (+762.2M€ ; +6.0%)
IRS : 2945.4€ (+327.1M€ ; +12.5%)
IRC : 2141.3€ (-107.4M€ ; -4.8%)
IVA : 5851.3€ (+705M€ ; +13.7%)
ISP : 959.9€ (-24.4M€ ; -2.5%)

Despesa Total : 17195.5M€ (-1340.8M€ ; -7.2%)
Despesa Corrente Primária : 15366.4€ (-954.8M€ ; -5.9%)
Despesa de Capital : 956.3€ (-26.1M€ ; -2.7%)
Saldo : -2105.9M€ ( aprox. 1.5% PIB previsto em 2011 )



- Despesas com pessoal : -294.4 M€ (-7.2%) - aparentemente, continua controlada pela redução salarial e redução na contratação de novos funcionários.
- Aquisição de bens e serviços correntes : +186.8 M€ (+49.0%) - quase anula o ponto anterior...
- Juros e outros encargos : 872.8M€ (-29.2%) - este valor não deve ser levado a sério...
- Pensões pagas pela CGA : +104 M€ (+3.5%)
- Pensões pagas pela SS : +143 M€ (+2.9%)

Dívida Directa do Estado - Maio 2011



Em Abril e Maio a dívida aumentou e muito!
Como já disse noutros posts, abstenho de grandes comentários pois todos os telejornais e programas de debates abordam este tema.

Valor (Maio de 2011) : 164.347.649.580 (+8.3% que em final de 2010)

Representa cerca de 97% do PIB

Média diária em 2011 (  Jan-Mai  ) : 83.265.039€
Média diária em 2010 (todo o ano) : 52.132.112€
Média diária em 2009 (todo o ano) : 39.133.457€

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Reembolso de 7 mil milhões de €€



Tal como tinha dito aqui, o mês de junho seria o primeiro teste a sério e, pelo que vi na TV, conseguimos reembolsar as OT graças à almofada que a troika nos enviou.

Agora há que diminuir a despesa a sério para que se vá ganhando folga.

Por curiosidade, em Junho de 2012 o Estado irá precisar de uns 12 mil milhões entre juros e reembolso de OT...

Próxima paragem : Execução Orçamental Jan-Mai 2011. Cá estaremos!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Zeca Afonso



Para fugir um pouco ao tema deste blog, ou talvez não...

Assisti há pouco ao final do que percebi ser o último capítulo de 3 sobre a vida do Zeca Afonso.
Na RTP2 claro está.

"Maior que o pensamento"

Declarações do Zeca em 1984, nas "comemorações" dos 10 anos do 25 de Abril:
(o texto não é uma citação, mas as ideias são estas)

A sociedade oferecida hoje aos jovens traz enormes problemas, talvez mais do que os que a minha geração teve, sendo o maior o desemprego. Não foi para isto que foi feito o 24 de abril e só nos resta uma atitude de recusa e subversão à sociedade que nos é imposta. Cheia de discursos bonitos , com fundamento legal, mas teleguiada por um qualquer FMI ou banqueiro.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Esta do em pré-rotura financeira



Algumas notícias que saíram nos últimos dias levam-me a confirmar a impressão que tenho de a informação não é toda revelada mas que, por outro lado, uma pessoa minimamente informada conclui imediatamente que algo vai mal. E quando digo "minimamente informada" quero dizer alguém que pensa nestes assuntos uns 10 minutos por dia. Vejam estas duas notícias:


servicos ja em ruptura pedem mais dinheiro ao governo


adiar a contabilização de 200 milhões de euros para efeitos de défice


O que escrevi a 17/04/2011:


"Sei que, em várias instituições há grandes dificuldades de tesouraria, grandes quantias sujeitas a cativação e não libertação de fundos para concretização de vários programas.
Parece-me que parte desta (aparente) diminuição de necessidade de financiamento tem a ver com o não pagamento de diversas quantias associadas muitos projectos nas áreas educativa e de acção social espalhados por todo o país."

O que escrevi a 18/04/2011:


"Até lá, a obrigatoriedade da retenção de dinheiro nos cofres do Estado porá muita pressão nos fornecedores e nas transferências que o Estado está obrigado a fazer para as mais diversas instituições. Penso que as autarquias, hospitais, universidades, politécnicos e escolas estão entre as mais visadas."

domingo, 22 de maio de 2011

Execução Orçamental - JAN/ABR 2011



Continuo sem tempo... Ficam os números:

JANEIRO-ABRIL 2011
Receita Total : 11.265.800.000€ (+1.673M€ ; +17.4%)
Das quais :
Receitas fiscais : 10.135.300.000M€ (+1.460M€ ; +16.8%)
IRS : 2.870.800.000€ (+674M€ ; +30.7%)
IRC : 736.900.000€ (+193M€ ; +35.6%)
IVA : 4.442.300.000€ (+745M€ ; +20.2%)
ISP : 775.300.000€ (-6M€ ; -0.8%)




Despesa Total : 13.804.900.000M€ -425M€ ; -3.0%)
Despesa Corrente Primária : 12.198.400.000€ (-293M€ ; -2.3%)
Despesa de Capital : 793.300.000€ (-7M€ ; -0.9%)

Saldo :
-2.539.100.000M€ ( aprox. 1.5% PIB previsto em 2011 )

O saldo até abril melhorou consideravelmente, com a contribuição das receitas a ser de 80% dessa melhoria. Essencialmente, há uma cobrança bastante superior de IRS e IVA. No lado das despesas:


- Despesas com pessoal : -221.2 M€ (-6.9%) - tendo em conta os cortes de salários e os mais de 8.000 aposentados só em 2011 é de prever que continue a aliviar um pouco. Este item é facilmente controlável.
- Aquisição de bens e serviços correntes : +136.8 M€ (+23.1%) - difícil dizer o que cabe aqui e a razão deste aumento...
- Juros e outros encargos : -126.2M€ (-12.9%) - esta descida tem a ver com as datas de vencimento das OT e dos BT.
- Pensões pagas pela CGA : +81 M€ (+3.4%)
- Pensões pagas pela SS : +114 M€ (+2.9%)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Dívida Directa do Estado - Abril 2011



O post que ontem escrevi estranhamente não aparece aqui...
Resumo, que o tempo não dá para mais:


Dívida total (fim de abril de 2011) : 158.177.019.805€


Este valor corresponde a 97.4% do PIB previsto para 2011 e representa um aumento de 4.2% relativamente ao final de 2010.


Média diária em 2011 (até final de abril) : 53.353.260€
Média diária em 2010 : 52.132.112€
Média diária em 2009 : 39.133.457€

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Execução Orçamental MARÇO 2011 - Comentário



O aumento da receita fiscal é o garante da melhoria das contas do Estado, nos primeiros 3 meses de 2011.
75% da melhoria do défice (sim, ainda temos défice) é feito do lado das receitas.
Nas despesas, continua muito por fazer.


Vejamos alguns números:

- IRS : +275 M€ (+13.0%) - não consigo explicar esta, embora tenha a minha suspeita...
- IVA : +557 M€ (+18.4%) - reflexo do aumento da taxa máxima de IVA
- IRC : +183 M€ (+54.3%) - (ainda o) reflexo da tributação de dividendos estraordinários em dezembro.
- ISP : +1M€ (+0.2%) - contracção no consumo de combustível
- ISV : +12 M€ (+6.6%) - reflexo da antecipação da compra de carros para dezembro
- IUC : +6 M€ (+16.3%) - idem

Estes 6 itens representam 1034 M€ dos 1155 M€ de aumento da receita.

No campo das despesas:

- Despesas com pessoal : -198.2 M€ (-8.2%) - este é um número estranho visto que os cortes tinham como objectivo 5%. Haverá aqui factores que desconheço (redução de horas extraordinárias, suplementos e ajudas de custo?)
- Aquisição de bens e serviços correntes : +98.3 M€ (+49.5%) - aqui há muito a fazer...
- Juros e outros encargos : -41.1M€ (-17.7%) - esta descida tem a ver com as datas de vencimento das OT e dos BT.
- Pensões pagas pela CGA : +56 M€ (+3.1%)
- Pensões pagas pela SS : +86 M€ (+2.9%)
Relembro o que escrevi há um mês:

O final do mês de março vai trazer números bons, espero eu, e o desafio será quando chegarem os de abril e seguintes. Os juros começarão a pesar por essa altura...

Execução Orçamental MARÇO 2011



Receita Total : 8.877.300.000€ (+1.155M€ ; +15.0%)

Receitas fiscais : 8.024.500.000M€ (+1.038M€ ; +14.9%)
IRS : 1.649.000.000€ (+275M€ ; +13.0%)
IRC : 266.500.000€ (+183M€ ; +54.3%)
IVA : 2.863.500.000€ (+557M€ ; +18.4%)
ISP : 573.600.000€ (+1M€ ; +0.2%)

Despesa Total : 9.896.400.000M€ -375M€ ; -3.6%)
Despesa Corrente Primária : 9.177.400.000€ (-345M€ ; -3.6%)
Despesa de Capital : 528.000.000€ (+12M€ ; +2.2%)

Saldo : -1.019.100.000M€ ( aprox. 
0.6% PIB previsto em 2011 )

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Em Junho, nova dor de cabeça!



As eleições de Junho são escassos dias antes do Estados ter de reembolsar 4.899 mil milhões de €€ e de pagar 1.770 mil milhões em juros.

Até lá, a obrigatoriedade da retenção de dinheiro nos cofres do Estado porá muita pressão nos fornecedores e nas transferências que o Estado está obrigado a fazer para as mais diversas instituições. Penso que as autarquias, hospitais, universidades, politécnicos e escolas estão entre as mais visadas.

domingo, 17 de abril de 2011

Dívida Directa do Estado - Março de 2011



O valor da dívida diminuiu e parece que foi conseguido, na sexta-feira, o reembolso de uma linha de de OT no valor de cerca de 4.3 mil milhões de €€.


Na próxima semana haverá nova emissão de curto prazo entre 750 e 1.000 milhões de €€ que não deverá apresentar grande problema.


Sei que, em várias instituições há grandes dificuldades de tesouraria, grandes quantias sujeitas a cativação e não libertação de fundos para concretização de vários programas.


Parece-me que parte desta (aparente) diminuição de necessidade de financiamento tem a ver com o não pagamento de diversas quantias associadas muitos projectos nas áreas educativa e de acção social espalhados por todo o país.


Ficam os números:
Valor (Março de 2011) : 152.476.427.603 (+0.5% que em final de 2010)

Representa cerca de 90.5% do PIB

Média diária em 2011 : 7.797.766€ 
Média diária em 2010 : 52.132.112€
Média diária em 2009 : 39.133.457€

sábado, 9 de abril de 2011

Pedido de ajuda à comunidade internacional



Como já se sabia há mais de um ano, o governo teve de pedir auxílio à liquidez aos restantes países.

Infelizmente, chegamos a este ponto e os próximos 10 anos serão sofridos para todos. Quanto a mim, assistiremos a

  • uma diminuição brutal dos salários em geral (para quem mantiver o seu posto de trabalho).
  • corte nos salários dos funcionários públicos (via taxação extra dos 13º e 14º meses ou a sua simples retenção ou eliminação)
  • uma diminuição do consumo interno (pelos 2 pontos anteriores)
  • uma diminuição no comércio de produtos facilmente dispensáveis: restaurantes, cafés, bares e cultura em geral (cinemas, livros e jornais).
  • um aumento das taxas de juro que tratará de diminuir o rendimento disponível daqueles que mantêm o seu posto de trabalho.
  • um aumento da inflação que penalizará, entre outros e em grande medida, os pensionistas.
Resta-nos continuar a trabalhar e a poupar mais para ter algum aforro.

Para quem tiver algum dinheiro disponível, pode pensar em fazer depósitos a taxas razoáveis (há por aí taxas de 4% a um ano), pesquisar o mercado imobiliário e daqui a 18/24 meses fazer uma compra a pensar no arrendamento. Talvez seja um investimento que torne a fazer sentido.

Até lá, os posts aqui serão raros por razões da mais pura falta de tempo, aliado ao facto de estes temas estarem agora em todos canais de tv e jornais.

terça-feira, 29 de março de 2011

Dívida Directa do Estado - Fevereiro de 2011



Ando mesmo sem tempo para actualizar o blog mas fico contente por saber que desperta interesse nos leitores.
Deixo apenas a actualização dos números divulgados há dias.


Valor : 153.862.000.447€ (+1.4% que em final de 2010)


Representa cerca de 91% do PIB


Média diária em 2011 : 35.379.183€ 
Média diária em 2010 : 52.132.112€
Média diária em 2009 : 39.133.457€

sábado, 19 de março de 2011

Execução Orçamental FEVEREIRO 2011 - Comentários



Os números de Fevereiro mostram uma melhoria substancial nas contas do Estado.
Tendo em conta que já foram aprovados 3 pacotes de medidas, talvez desta vez seja mesmo sinal de que estão a começar a fazer efeito.
Parece-me que as contas estão a ser apresentadas numa perpectiva de caixa e não de responsabilidades assumidas, mas isso veremos ao longo do tempo.
Do lado da receita, os impostos continuam a suportar esta diminuição do défice. O Estado arrecadou mais 584M€ que em igual período de 2010.

- IRS : +77 M€ (+4.9%) - reflexo do aumento das retenções em sede de IRS
- IVA : +306 M€ (+12.0%) - reflexo do aumento da taxa máxima de IVA
- IRC : +125 M€ (+88.3%) - reflexo da tributação de dividendos estraordinários em dezembro.
- ISV : +21 M€ (+18.3%) - reflexo da antecipação da compra de carros para dezembro
- IUC : +7 M€ (+34.7%) - idem

Estes 5 itens representam 533 M€ dos 584 M€ de aumento da receita.
mantêm-se as perspectivas que escrevi em Janeiro. Penso que o IRS e o IRC terão tendência a perder gás enquanto que o IVA suportará a maior parte do aumento de receitas.

No campo das despesas:

- Despesas com pessoal : -84.1 M€ (-5.3%) - deverá manter este ritmo se as admissões na função pública continuarem congeladas;
- Aquisição de bens e serviços correntes : +19.2 M€ (+56.5%) - aqui há muito a fazer...
- Juros e outros encargos : +19.7M€ (+23.1%) - Este item é um dos que mais irá sobrecarregar a despesa nos próximos meses e anos...
- Pensões pagas pela CGA : +35 M€ (+2.9%)
- Pensões pagas pela SS : +52 M€ (+2.6%)

O final do mês de março vai trazer números bons, espero eu, e o desafio será quando chegarem os de abril e seguintes. Os juros começarão a pesar por essa altura...

Execução Orçamental FEVEREIRO 2011



Receita Total : 6.442.000.000€ (+584M€ ; +10.0%)
Das quais :
Receitas fiscais : 5.858.600.000M€ (+568M€ ; +10.7%)
IRS : 1.649.000.000€ (+77M€ ; +4.9%)
IRC : 266.500.000€ (+125M€ ; +88.3%)
IVA : 2.863.500.000€ (+306M€ ; +12.0%)
ISP : 2.409.400.000€ (-2M€ ; -0.5%)

Despesa Total : 6.815.600.000M€ (
-258M€ ; -3.6%)
Despesa Corrente Primária : 6.438.300.000€ (-260M€ ; -3.9%)
Despesa de Capital : 377.300.000€ (+3M€ ; +0.7%)

Saldo :
-373.600.000M€ ( aprox. 0.2% PIB previsto em 2011 )

quinta-feira, 3 de março de 2011

Pausa



Face a algumas alterações a nível pessoal e profissional, não me será possível actualizar este blog com a periodicidade com que o tenho feito.

Vou privilegiar os relatórios de Execução Orçamental (DGO) e do Saldo da dívida (IGCP)

O objectivo foi alcançado, pois uns milhares de leituras serviram para aquilo a que me propus quando o iniciei:
Chamar a atenção para este problema gravíssimo, quando ninguém falava nele.

Como dizia muitas vezes em conversa, o tema da Dívida Pública e do crescimento da despesa do Estado devia abrir Telejornais e não estar confinado apenas a estudiosos e especialistas nestas matérias.

De há uns tempos para cá, isso tem acontecido com muita frequência, o que é bom! :-)

Quais os próximos temas a merecer a nossa atenção enquanto cidadãos?
Na minha humilde opinião, dois:

  1. A reforma do sistema de pensões em Portugal
  2. A reforma do sistema eleitoral.
Mas isso são assuntos para outros blogs :-)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Redução da despesa efectiva do Estado FEV 2011



Hoje tivemos a notícia de que a despesa do Estado desceu 3.6% em Fevereiro.
Curiosa revelação mais de duas semanas antes da revelação do relatório pela DGO.

No mesmo dia, Sócrates vai à Alemanha, Portugal vende 1.000 milhões de dívida e recompra 110 milhões.
A dívida líquida aumenta 890 milhões sendo que a recompra é quase insignificante (pouco mais de 1%) face aquilo que será amortizado em Abril e Junho.

Défice das contas públicas em Espanha 2010



De facto, no caso Espanhol o défice tem em conta a Administração Central e a Administração das Regiões.
É complicado demais para tentar encontrar pormenores. De qualquer modo, a Administração Central está a melhorar muito enquanto que a Regional nem por isso.
Mas não me vou alongar muito por puro desconhecimento e falta de tempo...

terça-feira, 1 de março de 2011

Défice das contas públicas em Espanha 2010



Segundo é referido nesta notícia, a Espanha teve em 2010 um défice de 9.24%, contra um de 11.1% em 2009, dentro daquilo que está planeado.
Sinceramente, não faço ideia se lá foram com receitas extraordinárias.
Se conseguir perceber o comportamento da receita e da despesa escrevo aqui.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Execução Orçamental 2010 - Administração Local



Um dado curioso revelado no relatório de janeiro é o saldo da administração local em 2010.

Receitas 2010 : +177M€ (+2.5%), quase metade deste aumento à custa de IMI, IMT e IMV
Despesas 2010 : -555.4 M€ (-7.1%), onde

metade da diminuição das despesas se deve a quebra no investimento, mas realce-se a quebra de 200 M€ (-2.6%) na despesa corrente das instituições incluídas neste item.

Os municípios subiram 2.6% (+61.6 M€) as despesas com pessoal mas desceram todos os outros itens, com realce para a aquisição de bens e serviços (-6.3% ; -117.6 M€) e juros e outros encargos (-44.4% ; -83.9 M€)

Dá ideia que no terreno há mais noção daquilo que é necessário fazer...

Execução Orçamental JANEIRO 2011 - Comentários



Os números apresentados abaixo não são nada de especial, tendo em conta a urgência que temos em pôr as contas em ordem. Deixo alguns números em que devemos reflectir.

No campo das receitas:

- IRS : +76.4 M€ (+8.7%) - reflexo do aumento das retenções em sede de IRS
- IVA : +59.7 M€ (+6.6%) - reflexo do aumento da taxa máxima de IVA
- IRC : +124.7 M€ (+153.4%) - reflexo da tributação de dividendos estraordinários em dezembro.
- ISV : +33.7 M€ (+60.1%) - reflexo da antecipação da compra de carros para dezembro
- IUC : +4.5 M€ (+46.4%) - idem

Estes 5 itens representam 299 M€ dos 393 M€ de aumento da receita.
Está bom de ver que os 2 últimos não vão manter-se com aumentos tão pronunciados. Os 2 primeiros, deverão ter um comportamento de desaceleração ao longo do ano. Quanto ao IRC, sinceramente, não consigo prever a sua evolução...

No campo das despesas:

- Despesas com pessoal : +37.3 M€ (+4.9%) - esta não se percebe !...!...!...!...
- Aquisição de bens e serviços correntes : +19.2 M€ (+56.5%) - idem
- Juros e outros encargos : +19.7M€ (+23.1%) - Este item é um dos que mais irá sobrecarregar a despesa nos próximos meses e anos...

Pensões pagas pela CGA : +14 M€ (+2.6%)
Pensões pagas pela SS : +26 M€ (+2.6%)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Execução Orçamental JANEIRO 2011



Receita total : 3.128.400.000€ (+393 M€ ; +14.4%)

Das quais :
Receitas fiscais : 2.797.700.000 M€ (+367 M€ ; +15.1%)
IRS : 954.400.000€ (+76 M€ ; +8.7%)
IRC : 206.500.000€ (+125 M€ ; +153.4%)
IVA : 962.400.000€ (+60 M€ ; +6.6%)
ISP : 210.300.000€ (+2 M€ ; +1.0%)

Despesa Total : 3.915.400.000 M€ (+33 M€ ; +0.9%)

Despesa Corrente Primária : 3.540.700.000€ (+6.2 M€ ; +0.2%)
Despesa de Capital : 269.800.000€ (+7.1 M€ ; +2.7%)

Juros e Outros encargos : 104.900.000 € (+17.7 M€ ; +23.1%)

Saldo : -787.000.000 M€ ( aprox. 0.5% PIB previsto em 2011 )

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Défice baixa 58.1% em janeiro 2011 ?!?!



Esta notícia terá de ser confrontada com a execução orçamental que amanhã será conhecida.

Esta %% na redução de défice, e se os valores de 2010 forem comparáveis com os de 2011, faria com que este se situasse nos 481 milhões, e não nos 281 milhões que aparecem referidos na notícia.

Seriam, em qualquer caso, números animadores. Falta saber quais as despesas que diminuíram assim tanto para permitir uma diminuição do défice desta grandeza.

Aguardemos...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Dívida Directa do Estado - Janeiro de 2011



Uma boa notícia!
A dívida directa do estado no final de Janeiro de 2011 diminuiu 212.166.654€ relativamente ao final de 2010.

É um bom sinal, que poderá ser reforçado com a execução orçamental de Janeiro de 2011.
Aguardemos...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

www.indexmundi.com



Ao ver este programa fui à net e encontrei um site com muitos dados estatísticos interessantes.

Coloco aqui alguns dos que lá estão:

Dívida pública em %% do PIB (variação 2000-2009)

Grécia : 97.0 >> 126.8 (+29.8)
Portugal : 61.0 >> 76.1 (+15.1)
Itália : 121.5 >> 116.0 (-5.5)
Espanha : 63.3 >> 53.2 (-10.1)
Irlanda : 82.1 >> 65.5 (-16.6)

PIB per capita em dólares não ajustado à inflação  (variação 2000-2009)


Irlanda : 20,300 >> 45,100 (+122%)
Grécia : 13,900 >> 30,000 (+116%)
Espanha : 17,300 >> 33,100 (+91%)
Itália : 21,400 >> 31,200 (+46%)
Portugal : 15,300 >> 21,900 (+43%)

Rácio Exportações/Importações (2000-2009)

Irlanda : 150% >> 148%
Portugal : 72% >> 64%
Espanha : 82% >> 69%
Grécia : 45% >> 31%

Impressionante o saldo da Irlanda neste último rácio e o facto de ter sido o 2º país a ser intervencionado.
Também me parece que serão o mais bem posicionado para, logo que se resolvam os problemas com a banca, retome a sua senda de crescimento.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Peso da CGA e da SS para as gerações futuras



A CGA e a SS são o principal pilar das pensões em Portugal. Nos últimos 30 anos tomaram-se muitas medidas que elevaram as responsabilidades destas entidades para níveis quase insustentáveis.
Para se ter uma ideia deste crescimento, veja-se o quadro (valores em milhões de €€) :

(NOTA : este quadro refere-se apenas a pensões e não inclui outras prestações sociais como subsídio de desemprego, licenças de maternidade/paternidade, baixas médicas, rendimentos social de inserção, etc.)

Grosso modo, os pagamentos aumentaram 1.000 milhões de €€ por ano nos últimos 4 anos a um ritmo anualizado de 5.5% (os valores são nominais, não incluem inflacção) .


Está bom de ver que o crescimento destas despesas são incomportáveis e apenas se podem contrariar com medidas justas e corajosas.

A formação actual das pensões na SS é feita, grosso modo, atribuindo 2% a cada ano de descontos do beneficiário. Assim, o máximo a que terá direito será 80% do seu melhor salário.
Na CGA a fórmula é diferente, e beneficia os trabalhadores do Estado comparando com os do privado.

Face a isto, faria sentido promover algumas medidas para controlar o crescimento actual e futuro destas despesas. Algumas que me fazem sentido são:

  1. Igualar o cálculo da pensão na CGA com o da SS;
  2. Impôr um tecto às novas pensões a atribuir de 4 salários mínimos. A todos quantos se reformassem com valores superiores, seriam devolvidos ao longo dos 10 primeiros anos de reforma os descontos que efectuaram "a mais";
  3. Os salários acima do valor referido anteriormente teriam descontos para a SS de 0% para os valores acima daquele;
  4. Diminuição da taxa de formação da pensão em 0.04% até ao valor de 1.60% daqui a 10 anos, com efeitos a partir deste ano. 
  5. Uniformizar os descontos efectuados para a SS : 22% pela entidade patronal, 12% pelo trabalhador.
  6. Tornar obrigatório a subscrição de um fundo de capitalização pessoal (gerido pelo Estado ou por uma entidade privada de forma ultra-conservadora) com a contribuição de 1% por parte do trabalhador e 1% por parte da entidade patronal, seja pública ou privada. Estas percentagens seriam deduzidas aos descontos referidos no ponto 4. Na altura da reforma seria convertida numa renda vitalícia da responsabilidade de uma seguradora privada.
Parecem-me medidas que não teriam grande contestação e que, a muito breve prazo, ajudariam controlar a despesas nestes items tão importantes.

Mais, penso que chamariam à atenção das pessoas que têm, elas próprias, de "construir" a sua pensão de reforma e não esperar apenas pelo Estado.