domingo, 25 de setembro de 2016

Dívida Pública Portuguesa - AGO/2016 - IGCP



A dívida emitida pelo IGCP tinha, no final de agostoo de 2016, o valor de 238.917.356.166€ .

A variação média diária, nos períodos indicados, foi a seguinte:

(Nota: a partir de 2016, os números incluem a cobertura cambial efetuada pelo IGCP)

2016 : + 38.796.139€ (últimos 12 meses terminados em AGO/2016)
2015 : + 25.305.121€
2014 : + 35.271.397€
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€
2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida emitida diminuiu cerca de 3.339.690.192M€.

Comentários:

1. em Agosto foram subcritos 339M€ em certificados de aforro e do tesouro
2. 10.52% (10.08% no mês passado) do total da dívida é detida, diretamente, por particulares via certificados de aforro e certificados do tesouro. Este número inclui as novas obrigações do tesouro rendimento variável (1.950M€).

Eu diria que em Agosto se tenha tido de reforçar a almofada para fazer face aos juros+reembolsos de Setembro (3.122M€ em bilhetes do tesouro) e Outubro (5.464M€ em obrigações do tesouro).

Até breve!

4 comentários:

Carlos Sério disse...

"os números incluem a cobertura cambial efetuada pelo IGCP)2

qual a influência deste procedimento
Grato

Trader disse...

Obrigado pela questão.
Não sou expert nem tenho conhecimentos para além daqueles superficiais que vêm a público. Serve isto para alertar que o que escrevo reflete o que penso dos assuntos e poderei estar errado!

Na sua comunicação mensal, o IGCP refere

"Em 31 de agosto de 2016, o saldo da dívida direta do Estado cifrou-se em EUR 238.917 milhões"

e, mais abaixo,

"A dívida após coberturas cambiais situou-se em EUR 236.986 milhões, refletindo os efeitos favoráveis das coberturas cambiais (no valor de EUR 1.931 milhões)."

(estes números não batem certo com outros do próprio IGCP, mas adiante)

Na gestão de ativos, neste caso de dívida pública, fazem-se certos contratos financeiros derivados (google derivatives) que, neste caso, têm a função de proteger o valor da dívida em €€ de variações cambiais noutras moedas. Neste caso, estes contratos estão a ter uma contribuição positiva para a redução da dívida, mas poderia acontecer exatament o contrário.

Cumprimentos!

Marco Capitão Ferreira disse...

Há dívida emitida em dólares. Simples.

Trader disse...

É verdade, há dívida emitida em dólares. Mas a utilização de derivados referida penso que terá a ver com a gestão do risco de câmbio e esse risco, nos últimos tempos, tem sido mitigado por estes derivados. Poderia ter sido ao contrário...