quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Execução orçamental - JAN/AGO 2013 - Comentário



No programa Olhos nos Olhos da TVI do passado dia 16, foi debatido mais uma vez a capacidade do Estado em endireitar as contas públicas.

Alguns factos aí referidos que importam para perceber tudo isto são, por exemplo, que o Administração Central (AC) tem mais de 4 mil entidades que dependem do Orçamento de Estado (OE), a Administração Local (AL) tem outras 4 mil (essencialmente câmaras municipais, juntas de freguesia e empresas municipais), e depois ainda existem as fundações e outros que tais.

Todas estas entidades dependem do OE, a maior parte em mais de 50% das receitas próprias. Junta-se a isto o facto de, na esmagadora maioria dos casos (>90%) as receitas orçamentadas não serem atingidas e as despesas sim, o que leva a endividamento.

Verdade seja dita que as câmaras têm conseguido reduzir o endividamento, mas não o terão feito à custa das empresas municipais?

É impressionante como um aumento da receita fiscal em 1311M€ (quase 1% do PIB…) não é suficiente para equilibrar mais as contas, onde a despesa corrente primária aumentou 897M€. A despesa total quase não se alterou (desceu 89M€), apesar do forte corte nas despesas de capital (cerca de 748M€).


No entanto, nesta fase de reajuste, ainda há alguns fatores extraordinários a afetar as contas e que se diluirão no tempo, ao longo do ano.Veremos...

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