quarta-feira, 29 de setembro de 2010

PEC III - Fundo de Pensões da PT



Se esta notícia corresponder à verdade, isto terá um impacto de cerca de 0.9 a 1.0% na redução do défice.
É claro que estou à espera que seja contabilizada a receita sem que se tenham em conta as responsabilidades futuras assumidas pelo Estado. Em teoria, este "encaixe" financeiro deveria ter um efeito nulo, na prática vai contribuir para que o défice fique no intervalo [ 6.8 ; 7.6% ].
E temos o problema (deste ano) resolvido... Pena que para isso se tenha hipotecado o futuro do país e se venham a pagar as taxas altíssimas de juros que ultimamente têm acompanhado as emissões de dívida.
Enquanto não houver alguém com visão para além dos 4 anos de uma legislatura não vamos lá...


ps (30/09/2010) esta outra notícia já acrescenta mais qualquer coisa. No curto prazo, ganha o Estado e para a PT é igual. No longo prazo perde o Estado e ganha a PT. Ficamos todos (excepto os grandes accionistas da PT) a perder com isto...

2 comentários:

AG disse...

Dado que é uma receita extraordinária, para o ano o desafio será reduzir o défice do real (previsão) 8.3% para 4.6%. Ou seja, cortar quase para metade. Parece-me que ainda vamos precisar do PEC4... e 5? Entretanto já se fala na passagem do fundo de pensões da banca seguir ser integrado no Estado, nova receita extraordinária... só que este pode estar sub-capitalizado e obriga os bancários a descontar mais.

Trader disse...

Esta receita extraordinária é uma batota legal completamente inadmissível.
O valor do fundo de pensões, num mundo ideal, seria o valor actual das responsabilidades futuras do fundo.
De qualquer modo, por si só não afectaria o défice corrente do Estado pois é uma receita da SS.
Enfim...