quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Execução Orçamental : Janeiro/Setembro 2010



Conhecida a Execução Orçamental no período Janeiro/Setembro de 2010, verifica-se que a receita aumentou 1.9% a a despesa 2.0%, relativamente ao período homólogo.

Aparentemente, as notícias não seriam catastróficas, mas apenas más. O que continua a preocupar é o aumento de 4.6% na despesa corrente, o que continua muito acima do aumento da receita fiscal.



Isto é, apesar de todos os esforços de cobrança e do aumento das taxas de IVA e IRS efectuadas a meio do ano, este aumento não compensa o aumento da despesa primária, que representa 84% da despesa do Estado.

A despesa só não aumentou mais pois houve uma retracção brusca nas despesas de capital (Investimentos, entre outros...) de quase 16% senão o cenário seria ainda pior.


I
sto também pode querer dizer que, em vez de pôr a casa em ordem, tentar reduzir os desperdícios e aumentar a eficiência dos serviços, o Estado continua sem o conseguir fazer e, em compensação, retira dinheiro de investimento que, por si só, poderia estimular um pouco a economia real. 


O défice está nos 5.6% do PIB, sendo que o intervalo da minha previsão se aperta para os : [ 8.3% ; 8.9% ].

Ficam os números, JAN/SET-2010 :



Receita total : 26.519.700.000€ (+496M€ ; +1.9%)
Das quais :Receitas fiscais : 23.744.400.000M€ (+758.9M€ ; +3.3%)
IRS : 6.201.500.000€ (-512M€ ; -7.6%)
IRC : 3.502.200.000€ (-150M€ ; -1.5%)
IVA : 9.057.500.000€ (+1107M€ ; +13.9%)
ISP : 1.814.600.000€ (-8M€ ; -0.5%) 


Despesa Total : 35.837.400.000M€ (+704M€ ; +2.0%)
Despesa Corrente Primária : 30.087.900.000€ (+1.314M€ ;
+4.6%)
Despesa de Capital : 1.860.100.000€ (-385M€ ; -15.8%) 


Saldo : -9.317.700.000M€ ( aprox. 5.6% PIB previsto em 2010 )

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