terça-feira, 26 de maio de 2015

Execução Orçamental - ABR/2015



Chegou a altura de atualizar os dados referentes aos 12 meses terminados em ABR/2015. Isto é, considero os meses de MAI/2014 a ABR/2015.

Assim, comparando os últimos 12 meses com os 12 meses terminados em MAR/2014

Receita Total : 42,057M€ ( + 345M€ ; + 0.8% )
Das quais :
Receitas fiscais : 37,567M€ ( + 784M€ ; + 2.1%)
IRS : 12,787M€ ( + 87M€ ; + 0.7%)
IRC : 4,537€ ( - 534M€ ; - 10.5%)
IVA : 14,223M€ ( + 873M€ ; + 6.5%)
ISP : 2,141M€ ( + 41M€ ; + 1.9%)

Despesa Total : 49,256M€ ( + 93M€ ; + 0.2%)
Despesa Corrente Primária : 42,108M€ ( + 588M€ ; + 1.4%)
Despesa de Capital : 1,305€ ( - 252M€ ; - 16.2%)

Despesas com juros : 7,590M€ ( + 390M€ ; + 5.4%)

Saldo Primário : - 51M€ ( piorou 582M€ )

Saldo : -7,199M€ ( piorou 46M€ )

Nota: pode consultar aqui os posts anteriores relacionados com a Execução Orçamental.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Dívida Pública Portuguesa - ABR/2015 - IGCP



Dívida Pública Portuguesa total emitida (MAR/2015) : 220.342.273.948


A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados: 

2015 : + 14.171.120€ (últimos 12 meses terminados em ABR/2015)
2014 : + 35.271.397€
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€

2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida emitida diminuiu cerca de 499M€.

Comentários:

1. nos 12 meses terminados no final de MAR/2015, os certificados de aforro e tesouro cobriram em 118% a necessidade de financiamento do Estado, o que significa que, em termos líquidos, a poupança interna dos particulares foi suficiente para as necessidades, se descontarmos as amortizações que tiveram de ser efetuadas.

2. 8.80% (8.70% no mês passado) do total da dívida é detida, diretamente, por particulares. Continua a diminuição da dependência relativamente a financiamento externo.

Este mês, apenas foram subscritos 134M€ de certificados por particulares, ligeiro aumento relativamente ao mês anterior, e ainda a níveis muito baixos.
Complementando o ponto 1. atrás, os portugueses emprestaram 134M€ ao Estado e, ainda assim, a dívida emitida diminuiu 499M€.

Resta saber os dados do banco de Portugal para saber qual a variação líquida da dívida, isto é, tendo em conta os depósitos que o Estado detinha no final do mês de maio.

Até breve!

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Estado emite dívida com maturidade em Abril de 2021



A notícia está aqui.

Na próxima 4ª feira, dia 27 de maio de 2015, o Estado emite dívida com maturidade em Abril de 2021.

Olhando para as quantidades que já estão emitidas, em 2021 o Estado já está comprometido a reembolsar 14.5 mil milhões de euros à troika e 8.5 mil milhões na emissão de obrigações que agora pretende reforçar.

Total: cerca de 23 mil milhões de euros. Não contando com os juros que teremos de pagar no vencimento das obrigações.

Parece-me muito, e talvez fosse prudente emitir a mais anos (2025 ou 2029 são anos em que o reembolso de empréstimos é muito baixo) aproveitando as taxas de juro baixas e a liquidez que o Estado tem afirmado ter.

Por outro lado, têm sido reembolsados antecipadamente parte dos empréstimos da troika e, se essa emissão tiver o objetivo de substituir parte desses empréstimos, será benéfico visto que as taxas pagas nestas emissões de obrigações a realizar serão, quase certamente, mais baixas que as pagas à troika.

Até breve!

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Portugal emite dívida a juros negativos



Algo que ainda me custa a perceber, tendo em conta que sempre nos habituamos a inflação e a taxas de juro positivas.

Hoje, nos bilhetes a 3 meses, o Estado por cada 100.00101€ que arrecadou terá de devolver 100€ em Novembro.

Nooutro prazo, o resultado foi que por cada 99.97877€ arrecadados hoje terá de devolver 100€ daqui a 12 meses.

A despesa com juros terá mesmo tendência a descer.

O reverso da medalha são os juros dos depósitos bancários e dos certificados de aforro e do tesouro que remuneram as poupanças dos particulares. A tendência é para todos...

Até breve!

domingo, 17 de maio de 2015

Calendário de amortizações para os próximos 12 meses



No post anterior colocaram a questão:

Poderia colocar aqui as datas dos pagamentos que Portugal tem de pagar da Divida?



A informação é pública e faz parte do relatório mensal do IGCP de 1bril de 2015.

O gráfico anterior tem os montantes a amortizar em cada mês. Não especifica os juros suportados.

domingo, 3 de maio de 2015

Execução Orçamental - MAR/2015



Como tenho feito de há uns tempos para cá, atualizo os dados referentes aos 12 meses terminados em MAR/2015. Isto é, considero os meses de ABR/2014 a MAR/2015.

Assim, comparando os últimos 12 meses com os 12 meses terminados em MAR/2014

Receita Total : 41,858M€ ( + 271M€ ; + 0.7% )
Das quais :
Receitas fiscais : 37,570M€ ( + 942M€ ; + 2.6%)
IRS : 12,790M€ ( + 186M€ ; + 1.5%)
IRC : 4,530€ ( - 528M€ ; - 10.4%)
IVA : 14,200M€ ( + 896M€ ; + 6.5%)
ISP : 2,125M€ ( + 34M€ ; + 1.6%)

Despesa Total : 49,011M€ ( + 99M€ ; + 0.2%)
Despesa Corrente Primária : 41,328M€ ( - 469M€ ; - 1.1%)
Despesa de Capital : 1,314€ ( - 287M€ ; - 18.0%)

Despesas com juros : 7,378M€ ( 244M€ ; + 3.4%)

Saldo Primário : + 531M€ ( melhorou 740M€ )

Saldo : -7,153M€ ( melhorou 172M€ )

sábado, 2 de maio de 2015

Dívida Pública Portuguesa - MAR/2015 - IGCP



Dívida Pública Portuguesa total emitida (MAR/2015) : 220.841.324.042


A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados: 

2015 : + 23.336.528€ (últimos 12 meses terminados em MAR/2015)
2014 : + 35.271.397€
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€

2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida emitida diminuiu cerca de 7.385M€.

Comentários:

1. nos 12 meses terminados no final de MAR/2015, os certificados de aforro e tesouro foram responsáveis por cerca de 73% do aumento da dívida, o que é um bom sinal de poupança interna. Esta poupança fica no país, e o Estado ainda recupera uma parte dos juros pois há retenção via IRS. Isto deve-se a amortizações extraordinárias, amplamente noticiadas, de parte da dívida ao FMI.

2. 8.70% (8.40% no mês passado) do total da dívida é detida, diretamente, por particulares. Este aumento, evidencia o continuar da diminuição da dependência relativamente a financiamento externo.

Este mês, apenas foram subscritos 78M€ por particulares, em linha com o esperado e aqui relatado em posts anteriores.

Até breve!