quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Execução orçamental - JAN/SET 2013



JANEIRO - SETEMBRO 2013

Receita Total : 29495M€ (-298.5M€ ; -1.0%)
Das quais : Receitas fiscais : 25680.5M€ (1804.1M€ ; + 7.6%)
IRS : 8519.7€ (1997.7M€ ; + 30.6%)
IRC : 3459.8€ (279.9M€ ; + 8.8%)
IVA : 9544.6€ (-123.9M€ ; - 1.3%)
 ISP : 1581.4€ (-42.1M€ ; - 2.6%)

Despesa Total : 34938.2M€ (-8.6M€ ; 0%)
Despesa Corrente Primária : 30281.2€ (2130.8M€ ; + 7.6%)
Despesa de Capital : 1062.1€ (-736.6M€ ; - 40.9%)
Saldo : -5443.2M€ (-289.9M€ ; + 5.6% ; aprox. -3.3% PIB previsto em 2013 )

Não li o relatório de execução orçamental mas não é difícil verificar que, apesar do enorme aumento de impostos (+7.6%) não há contribuição igual do lado da despesa.

Na rubrica Juros e outros encargos há um decréscimo de 9.0%A pensão média atribuída no mês pela CGA é de 1.242€.
O pagamento de pensões de velhice na SS+CGA aumentou 10.8%. (cerca de 1% do PIB)


A única boa notícia é o pagamento de menos juros e o défice, que ainda assim, diminuiu quase 300M€.
Na próximo relatório, há um pagamento de juros que deverá ser avultado e penalizar o saldo.
Muito pouco, para tanta austeridade.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Aumento %% da dívida pública desde 2002



Antes de apresentar os dados já conhecidos da dívida pública até ao final de setembro, ficam os valores de aumento da dívida nos últimos 11 anos e o aumento, até agosto, deste ano.

É assustador notar que em metade dos anos o aumento foi >= 10%.

Como isto acumula dívida sobre dívida, note-se que, por exemplo, um aumento de 10% em 2002 correspondia a 7MM€ e 11% em 2012 a 19.5MM€.


Num próximo post, colocarei aqui outros números acerca deste das consequências deste aumento brutal a que temos vindo a assistir.
(os dados acima não se encontram corrigidos da inflação)


Dívida total (fim de agosto de 2013) : 207.444.430.043


A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados: 

2013 : + 39.403.418€ (+ 53.214.582€ nos últimos 12 meses)
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€

2009 : + 39.133.457€

O aumento da dívida continua a níveis semelhantes ao passado recente.
Duas boas notícias: 

1. desde o valor mínimo de certificados de aforro ocorrido no final de novembro de 2012 a subscrições líquidas aumentaram e temos, desde essa data, praticamente 1M€ por dia aplicados em certificados. A taxa paga nos certificados anda pelos 3.20%.
Aumento da poupança interna = menos dependência do exterior

2. nos útimos 3 meses, para além das amortizações habituais, foram efectuadas amortizações de cerca de 450M€ nas séries de obrigações que vencem em SET2013 com cupão de 5.45% (amortização de cerca de 3% da dívida) e em JUN2014 com cupão de 4.375% (amortização de cerca de 4% da dívida).

As emissões de curto prazo aumentaram a dívida em 3.627M€ mas parece que parte da liquidez obtida foi utilizada para amortizar dívida de longo prazo com taxas mais altas. Se assim é, sempre se vão poupando alguns milhões nos juros pelo caminho. Nas minhas contas de joelho, terão sido cerca de 4M€.

Não é muito, mas é dinheiro!