Onde se escreve acerca da dívida do Estado, da execução orçamental e temas relacionados.
quarta-feira, 25 de março de 2015
Execução Orçamental - FEV/2015
Para atenuar um pouco os dados extraordinários que possam ocorrer num dado mês, vou colocar aqui os dados referentes aos 12 meses terminados em FEV/2015. Isto é, considero os meses de MAR/2014 a FEV/2015.
Assim, comparando com os 12 meses terminados em FEV/2014
Receita Total : 41,382M€ ( - 244M€ ; - 0.6% )
Das quais :
Receitas fiscais : 37,245M€ ( + 572M€ ; + 1.6%)
IRS : 12,800M€ ( + 149M€ ; + 1.2%)
IRC : 4,499€ ( - 555M€ ; - 11.0%)
IVA : 14,038M€ ( + 692M€ ; + 5.2%)
ISP : 2109.1M€ ( + 33M€ ; + 1.6%)
Despesa Total : 48,866M€ ( - 156M€ ; -0.3%)
Despesa Corrente Primária : 41,484M€ ( - 454M€ ; - 1.1%)
Despesa de Capital : 1286€ ( - 323M€ ; - 20.1%)
Despesas com juros : 7382M€ ( 299M€ ; + 4.2%)
Saldo Primário : - 102M€ ( melhorou 210M€ )
Saldo : -7,484M€ ( - 298M€ ; - 2.3% )
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3 comentários:
Ou seja, pelos seus dados, conclui-se que 57% de tudo o que Estado saca aos trabalhadores e pensionistas em sede de IRS, vai diretamente para sumprimir as necessidades da "agiotagem"
Em 2010 (1º ano completo dos dados que guardo) o Estado pagou 8.954M€ de juros, o que correspondeu a 27.7% do total da receita fiscal.
Em 2014 o Estado pagou 7.009M€ de juros, o que correspondeu a 19.6% do total da receita fiscal.
Percentualmente, neste período, a despesa com juros diminuiu 21.7% enquanto a receita fiscal aumentou 14.9%.
Olhando apenas a estes números, não é difícil acreditar que a "gestão da dívida" tem sido feita de modo a tentar pagar o menos possível, e que isso se deveu ao empréstimo da troika.
Claro que o preço a pagar está a ser muito elevado ao nível do desemprego e diminuição dos rendimqntos de quem ainda consegue ter trabalho...
Significa que o problema é sistémico. Pagar quase 1/3, ou mesmo 1/4, da receita fiscal, em juros; é alimentar agiotagem. Por mim, não pagava nem mais um cêntimo em juros, e lembre-se que o saldo primário já é positivo. Nunca percebi essa de pedir dinheiro emprestado para pagar créditos.
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