segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Execução Orçamental - NOV/2015



Cumpridos 11 de 12 meses do ano, atualizo os dados da execução orçamental referentes aos 12 meses terminados em NOV/2015. Isto é, considero os meses de OUT/2014 a NOV/2015.

Assim, comparando os últimos 12 meses com os 12 meses terminados em NOV/2014

Receita Total : 43,003M€ ( + 540M€ ; + 1.3% )
Das quais :
Receitas fiscais : 38,813M€ ( + 575M€ ; + 1.5%)
IRS : 12,709M€ ( - 559M€ ; - 4.2%)
IRC : 5,139€ ( + 240M€ ; + 4.9%)
IVA : 14,773M€ ( + 684M€ ; + 4.9%)
ISP : 2,223M€ ( + 118M€ ; + 5.6%)

Despesa Total : 48,776M€ ( - 362M€ ; - 0.7%)
Despesa Corrente Primária : 41,674M€ ( - 217€ ; - 0.5%)
Despesa de Capital : 1,361€ ( - 67M€ ; - 4.7%)

Despesas com juros : 7,103M€ ( + 83M€ ; + 1.2%)

Saldo Primário : + 1,330M€ ( melhorou 757M€ )

Saldo : -5,773M€ ( melhorou 674M€ ; corresponde a 3.2% do PIB projetado para 2015)

(melhoria do saldo: 80% receitas ; 20% despesas)

Até breve!

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Dívida Pública Portuguesa - NOV/2015 - IGCP



A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados:

2015 : + 17.520.224€ (últimos 12 meses terminados em NOV/2015)
2014 : + 35.271.397€
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€
2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida emitida diminuiu cerca de 1.541M€.

Comentários:

1. nos 12 meses terminados no final de NOV/2015, os certificados de aforro e tesouro responderam por 60% da necessidade de financiamento do Estado, o que significa que, neste período, a poupança interna financiou grande parte das necessidades do Estado, se descontarmos as amortizações que tiveram de ser efetuadas. O restante, terá sido pedido via Obrigações do Tesouro a investidores institucionais.

2. 9.11% (9.10% no mês passado) do total da dívida é detida, diretamente, por particulares.

3. O total de dívida emitida este ano aumentou 3.4% (IGCP - até final de novembro) e a dívida líquida aumentou 2.2% (Banco de Portugal - até final de agosto).

Este mês, foram subscritos 160M€ de certificados por particulares.

Resta saber os dados do banco de Portugal para saber qual a variação líquida da dívida, isto é, tendo em conta os depósitos que o Estado detinha no final do mês de novembro.

Até breve!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Dívida Pública Portuguesa - OUT/2015 - Dados do Banco de Portugal



Já estão disponíveis os dados do Banco de Portugal, que incluem os depósitos que o Estado detém e que, na prática, abatem à dívida bruta para obter a dívida líquida.


Evolução da dívida líquida:

Dezembro de 2010 : 158.736 mil milhões de €€ (boletim 04/2013)
Dezembro de 2011 : 170.904 (boletim 04/2013)
Dezembro de 2012 : 187.900 (boletim 04/2013)
Dezembro de 2013 : 196.304 (boletim 04/2014)
Dezembro de 2014 : 208.128 (boletim 05/2015)

Outubro de 2015 : 213.524 (boletim 11/2015)

Aumento diário da dívida líquida:

2011 : 33.336.986€
2012 : 46.437.158€
2013 : 23.024.658€
2014 : 32.394.521€
2015 (até final de outubro) : 17.808.581€

No final de outubro de 2015 o aumento líquido da dívida é o menor desde há vários anose os depósitos cerca de 18.5 mil milhões de € ( quase 11% do PIB).

Até breve!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Execução Orçamental - OUT/2015



Execução Orçamental - OUT/2015

Cumpridos 10 de 12 meses do ano, atualizo os dados da execução orçamental referentes aos 12 meses terminados em OUT/2015. Isto é, considero os meses de NOV/2014 a OUT/2015.

Assim, comparando os últimos 12 meses com os 12 meses terminados em OUT/2014

Receita Total : 42,930M€ ( + 583M€ ; + 1.4% )
Das quais :
Receitas fiscais : 38,713M€ ( + 511M€ ; + 1.3%)
IRS : 12,735M€ ( - 599M€ ; - 4.5%)
IRC : 5,092€ ( + 152M€ ; + 3.1%)
IVA : 14,708M€ ( + 702M€ ; + 5.0%)
ISP : 2,219M€ ( + 119M€ ; + 5.7%)

Despesa Total : 49,045M€ ( - 362M€ ; - 0.7%)
Despesa Corrente Primária : 41,835M€ ( - 722M€ ; - 1.7%)
Despesa de Capital : 1,361€ ( - 67M€ ; - 4.7%)

Despesas com juros : 7,209M€ ( + 360M€ ; + 5.3%)

Saldo Primário : + 1,306M€ ( melhorou 752M€ )

Saldo : -6,115M€ ( melhorou 945M€ ; corresponde a 3.5% do PIB projetado para 2015)

(melhoria do saldo: 61% receitas ; 39% despesas)

Até breve!

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Dívida Pública Portuguesa - SET/2015 - Dados do Banco de Portugal



Já estão disponíveis os dados do Banco de Portugal, que incluem os depósitos que o Estado detém e que, na prática, podem abater à dívida para obter a dívida líquida.

Evolução da dívida líquida:

Dezembro de 2010 : 158.736 mil milhões de €€ (boletim 04/2013)
Dezembro de 2011 : 170.904 (boletim 04/2013)
Dezembro de 2012 : 187.900 (boletim 04/2013)
Dezembro de 2013 : 196.304 (boletim 04/2014)
Dezembro de 2014 : 208.128 (boletim 05/2015)

Setembro de 2015 : 212.121 (boletim 10/2015)

Aumento diário da dívida líquida:

2011 : 33.336.986€
2012 : 46.437.158€
2013 : 23.024.658€
2014 : 32.394.521€
2015 (até final de setembro) : 14.626.374€

Em 2015 o aumento líquido da dívida é menor e os depósitos eram cerca de 18.2 mil milhões de € ( + de 10% do PIB).

Até breve!

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Dívida Pública Portuguesa - OUT/2015 - IGCP



A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados:

2015 : + 17.033.419€ (últimos 12 meses terminados em OUT/2015)
2014 : + 35.271.397€
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€
2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida emitida diminuiu cerca de 2.597M€.

Comentários:

1. nos 12 meses terminados no final de OUT/2015, os certificados de aforro e tesouro responderam por 66% da necessidade de financiamento do Estado, o que significa que, neste período, a poupança interna financiou grande parte das necessidades do Estado, se descontarmos as amortizações que tiveram de ser efetuadas.

2. 9.10% (8.91% no mês passado) do total da dívida é detida, diretamente, por particulares.

3. O total de dívida emitida este ano aumentou 2.8% (IGCP - até final de outubro) e a dívida líquida aumentou 2.2% (Banco de Portugal - até final de agosto).

Este mês, foram subscritos 198M€ de certificados por particulares, o que é um valor baixo para as necessidades. Ainda assim, foi o 2º mês deste ano com mais subscrições.

Resta saber os dados do banco de Portugal para saber qual a variação líquida da dívida, isto é, tendo em conta os depósitos que o Estado detinha no final do mês de outubro.

Até breve!

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Evolução do saldo orçamental - JUN/2011 >> SET/2015



(os valores são a soma dos 12 meses terminados em cada um dos meses referidos)

Dos dados que tenho:

  • JUN/2011 : saldo -12.520M€ ;
  • SET/2015 : saldo -6.157M€ .
Neste período, variação da
  • receita : +5.611M€ ;
  • despesa : -752M€ .
Ou seja, 88% da consolidação foi feita pelo lado da receita (+ impostos) e 12% pelo lado da despesa (nomeadamente, despesas de capital que são reflexo do investimento.

Apertando um pouco o ângulo de visão:


  • JUN/2011 : saldo primário - 3.067M€ ;
  • SET/2015 : saldo primário + 342M€ .
Neste período, variação da
  • receita fiscal : +5.002M€ ;
  • despesa primária : +2.909M€ .
Ou seja, a despesa primária aumentou, eu diria bastante, mas a receita fiscal compensou esse aumento.

No futuro próximo, entendo que as despesas de capital terão de aumentar e a despesa primária de diminuir. Por outro lado, do lado dos impostos parece haver uma exaustão no crescimento.
Será que esta equação será resolvida?

Dívida Pública Portuguesa - SET/2015 – IGCP



A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados:

2015 : + 15.579.896€ (últimos 12 meses terminados em SET/2015)
2014 : + 35.271.397€
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€
2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida emitida aumentou cerca de 2.534M€.

Comentários:

1. nos 12 meses terminados no final de SET/2015, os certificados de aforro e tesouro responderam por 78% da necessidade de financiamento do Estado, o que significa que, neste período, a poupança interna financiou grande parte das necessidades do Estado, se descontarmos as amortizações que tiveram de ser efetuadas.

2. 8.91% (8.94% no mês passado) do total da dívida é detida, diretamente, por particulares.

3. O total de dívida emitida este ano aumentou 4.0% (IGCP - até final de setembro) e a dívida líquida aumentou 2.0% (Banco de Portugal - até final de julho). Vejamos se as amortizações efectuadas/ a efectuar e a execução orçamental permitem que estes valores baixem.

Este mês, foram subscritos 167M€ de certificados por particulares, o que é um valor baixo para as necessidades. Ainda assim, foi o 3º mês deste ano com mais subscrições.

Resta saber os dados do banco de Portugal para saber qual a variação líquida da dívida, isto é, tendo em conta os depósitos que o Estado detinha no final do mês de setembro.

Até breve!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Execução Orçamental - SET/2015



Execução Orçamental - SET/2015

A poucos dias das eleições, está na hora de atualizar os dados da execução orçamental referentes aos 12 meses terminados em SET/2015. Isto é, considero os meses de OUT/2014 a SET/2015.

Assim, comparando os últimos 12 meses com os 12 meses terminados em SET/2014

Receita Total : 42,814M€ ( + 511M€ ; + 1.2% )
Das quais :
Receitas fiscais : 38,567M€ ( + 436M€ ; + 1.1%)
IRS : 12,766M€ ( - 483M€ ; - 3.6%)
IRC : 4,976€ ( - 27M€ ; - 0.5%)
IVA : 14,683M€ ( + 700M€ ; + 5.0%)
ISP : 2,203M€ ( + 110M€ ; + 5.3%)

Despesa Total : 48,972M€ ( - 766M€ ; - 1.5%)
Despesa Corrente Primária : 42,472M€ ( + 620M€ ; + 1.5%)
Despesa de Capital : 1,351€ ( - 110M€ ; - 7.5%)

Despesas com juros : 7,375M€ ( + 364M€ ; + 5.2%)

Saldo Primário : + 342M€ ( piorou 109M€ )

Saldo : -6,157M€ ( melhorou 1,277M€ ; corresponde a 3.5% do PIB projetado para 2015)

Coloquei a negrito alguns dos valores que considero relevantes.

(penso que há problemas com os saldos que estou aqui a colocar mas, até que dê pelo erro, vou deixar assim)

Até breve!

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Dívida Pública Portuguesa - AGO/2015 - Dados do Banco de Portugal



Já estão disponíveis os dados do Banco de Portugal, que incluem os depósitos que o Estado detém e que, na prática, podem abater à dívida para obter a dívida líquida.

Evolução da dívida líquida:

Dezembro de 2010 : 158.736 mil milhões de €€ (boletim 04/2013)
Dezembro de 2011 : 170.904 (boletim 04/2013)
Dezembro de 2012 : 187.900 (boletim 04/2013)
Dezembro de 2013 : 196.304 (boletim 04/2014)
Dezembro de 2014 : 208.128 (boletim 05/2015)

Agosto de 2015 : 212.684 (boletim 09/2015)

Aumento diário da dívida líquida:

2011 : 33.336.986€
2012 : 46.437.158€
2013 : 23.024.658€
2014 : 32.394.521€
2015 (até final de agosto) : 18.748.971€

Em 2015 o aumento líquido da dívida é menor e os depósitos eram cerca de 18.2 mil milhões de € ( + de 10% do PIB).

Até breve!

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Défice nos últimos 4 meses de 2015 - Previsão



Conselho de Finanças Públicas alerta para necessidade de acelerar ritmo de redução do défice

Défice teria de ficar em 1,1% no segundo semestre. Organismo presidido por Teodora Cardoso alerta que a receita fiscal no primeiro semestre ficou abaixo do previsto pelo Executivo.

Ver notícia aqui

1,1% foi precisamente o valor do défice no 2º semestre de 2014. Se se mantiverem estes valores, cumprirão o que é dito na notícia.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Execução Orçamental - AGO/2015



A poucos dias das eleições, está na hora de atualizar os dados da execução orçamental referentes aos 12 meses terminados em AGO/2015. Isto é, considero os meses de SET/2014 a AGO/2015.

Assim, comparando os últimos 12 meses com os 12 meses terminados em AGO/2014

Receita Total : 42,595M€ ( + 30M€ ; + 0.1% )
Das quais :
Receitas fiscais : 38,414M€ ( + 459M€ ; + 1.2%)
IRS : 12,844M€ ( - 337M€ ; - 2.6%)
IRC : 4,828€ ( - 147M€ ; - 3.0%)
IVA : 14,633M€ ( + 709M€ ; + 5.1%)
ISP : 2,194M€ ( + 88M€ ; + 4.2%)

Despesa Total : 49,245M€ ( - 658M€ ; - 2.2%)
Despesa Corrente Primária : 41,832M€ ( - 774M€ ; - 2.4%)
Despesa de Capital : 1,339€ ( - 147M€ ; - 9.9%)

Despesas com juros : 7,413M€ ( + 116M€ ; + 1.6%)

Saldo Primário : + 763M€ ( melhorou 804M€ )

Saldo : -6,649M€ ( melhorou 687M€ ; corresponde a 3.8% do PIB projetado para 2015)

Coloquei a negrito alguns dos valores que considero relevantes.

Até breve!

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O meu palpite para o défice 2015



Eu não sei como calcular o défice com exactidão, apenas acompanho os números macro e vou escrevendo por aqui, tão bem quanto o sei fazer.

Para 2015, e tendo em conta as notícias hoje saídas, fui fazer as minhas continhas e deu-me... 3.8%.

A ver vamos se a previsão está certa...

Até breve!

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Dívida Pública Portuguesa - AGO/2015 – IGCP



Dívida Pública Portuguesa total emitida (AGO/2015) : 223.188.817.672€

A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados:

2015 : + 17.786.303€ (últimos 12 meses terminados em AGO/2015)
2014 : + 35.271.397€
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€
2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida emitida aumentou cerca de 97M€.

Comentários:

1. nos 12 meses terminados no final de AGO/2015, os certificados de aforro e tesouro responderam por 74% da necessidade de financiamento do Estado, o que significa que, neste período, a poupança interna financiou grande parte das necessidades do Estado, se descontarmos as amortizações que tiveram de ser efetuadas.

2. 8.94% (8.86% no mês passado) do total da dívida é detida, diretamente, por particulares.

3. O total de dívida emitida este ano aumentou apenas 2.8% (IGCP - até final de agosto) e a dívida líquida aumentou 2.0% (Banco de Portugal - até final de julho). Vejamos se as amortizações efectuadas/ a efectuar e a execução orçamental permitem que estes valores baixem.

Este mês, foram subscritos 181M€ de certificados por particulares, o que é um valor baixo para as necessidades. Ainda assim, foi o 2º mês deste ano com mais subscrições.

Resta saber os dados do banco de Portugal para saber qual a variação líquida da dívida, isto é, tendo em conta os depósitos que o Estado detinha no final do mês de agosto.

Até breve!

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

E a dívida do País? Estado, empresas e particulares!



O Boletim Estatístico do Banco de Portugal fornece também os níveis de dívida, consoante a entidade. Neste caso, considero as não financeiras.
Apresento agora os números apurados no final de JUN/2015, comparando com os de DEZ/2011
(os números são em milhões de €€)

Administração pública + Empresas públicas
263 224 >>  325 736 (153.9% do PIB para 185.8% do PIB)

Empresas
307 807 >>  267 068 (180.1% do PIB para 152.5% do PIB)

Particulares (entre 70% e 75% são créditos à habitação)
173 577 >>  146 148 (101.5% do PIB para 83.4% do PIB)

Total
744 608 >>  738 952 (435.5% do PIB para 421.7% do PIB)

Os números parecem refletir algo que é comum ouvir: todos fizeram a sua parte, exceto o Estado que acumulou mais dívida.

Seria interessante retirar a esta dívida acumulada pelo Estado aquilo que foi gasto pelo BPN, injetado no NovoBanco ou na CGD para acudir aos problemas que surgiram nestes anos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Dívida Pública Portuguesa - JUL/2015 - Dados do Banco de Portugal



Já é possível colocar aqui os dados do Banco de Portugal, que incluem os depósitos que o Estado detém e que, na prática, podem abater à dívida para obter a dívida líquida.

Evolução da dívida líquida:

Dezembro de 2010 : 158.736 mil milhões de €€ (boletim 04/2013)
Dezembro de 2011 : 170.904 (boletim 04/2013)
Dezembro de 2012 : 187.900 (boletim 04/2013)
Dezembro de 2013 : 196.304 (boletim 04/2014)
Dezembro de 2014 : 208.128 (boletim 05/2015)

Julho de 2015 : 212.268 (boletim 08/2014)

Aumento diário da dívida líquida:

2011 : 33.336.986€
2012 : 46.437.158€
2013 : 23.024.658€
2014 : 32.394.521€
2015 (até final de julho) : 19.620.853€

Em 2015 o aumento líquido da dívida é menor e os depósitos estavam ligeiramente acima dos 18 mil milhões de € ( + de 10% do PIB).

Até breve!

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Legislativas 2015 - Resultados de "sondagem" no blog



Há tempos, pedi para os visitantes escolherem em quem iriam votar nas próximas legislativas.
Os resultados, que não são uma sondagem, foram os seguintes:

Leitores que votaram: 173.

PSD/CDS : 39.3%
PS : 14.5%
CDU : 11.6%
Outros : 22.0%
Indeciso : 5.2%
Não votará : 7.5%

O que daria, a meu ver, distribuindo os indecisos e não considerando os não votantes:

PSD/CDS : 45.0%
PS : 16.6%
CDU : 13.2%
Outros : 25.2%

Escuso-me a comentar os resultados, são apenas algo que promovi aqui no blog para entreter na silly season.

Até breve!

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Execução Orçamental - JUL/2015



Chegou a altura de atualizar os dados referentes aos 12 meses terminados em JUL/2015. Isto é, considero os meses de AGO/2014 a JUL/2015.

Assim, comparando os últimos 12 meses com os 12 meses terminados em JUL/2014

Receita Total : 42,152M€ ( + 571M€ ; + 1.4% )
Das quais :
Receitas fiscais : 38,086M€ ( + 1,084M€ ; + 2.9%)
IRS : 12,838M€ ( + 169M€ ; + 1.3%)
IRC : 4,753€ ( - 62M€ ; - 1.3%)
IVA : 14,434M€ ( + 786M€ ; + 5.8%)
ISP : 2,177M€ ( + 77M€ ; + 3.7%)

Despesa Total : 49,094M€ ( - 1,120M€ ; - 2.2%)
Despesa Corrente Primária : 41,807M€ ( - 1,007M€ ; - 2.4%)
Despesa de Capital : 1,345€ ( - 161M€ ; - 10.7%)

Despesas com juros : 7,288M€ ( - 113M€ ; - 1.5%)

Saldo Primário : + 345M€ ( melhorou 1,578M€ )

Saldo : -6,943M€ ( melhorou 1,691M€ )

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Dívida Pública Portuguesa - JUL/2015 - IGCP



Dívida Pública Portuguesa total emitida (JUL/2015) : 223.091.994.943€

A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados:

2015 : + 20.057.643€ (últimos 12 meses terminados em JUL/2015)
2014 : + 35.271.397€
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€
2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida emitida aumentou cerca de 2.451M€.

Comentários:

1. nos 12 meses terminados no final de JUL/2015, os certificados de aforro e tesouro responderam por 71% da necessidade de financiamento do Estado, o que significa que, neste período, a poupança interna financiou grande parte das necessidades do Estado, se descontarmos as amortizações que tiveram de ser efetuadas.

2. 8.86% (8.89% no mês passado) do total da dívida é detida, diretamente, por particulares.

3. O total de dívida emitida este ano aumentou apenas 2.7% (IGCP - até final de julho) e a dívida líquida aumentou 1.3% (Banco de Portugal - até final de junho) o que parece vir ao encontro das notícias mais recentes, de que este item parece estar controlado. Vejamos se a economia continua a responder de forma positiva.

Este mês, foram subscritos 151M€ de certificados por particulares, o que é um valor baixo para as necessidades. Ainda assim, foi o 2º mês deste ano com mais subscrições.

Resta saber os dados do banco de Portugal para saber qual a variação líquida da dívida, isto é, tendo em conta os depósitos que o Estado detinha no final do mês de julho.

Até breve!

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Execução Orçamental - JUN/2015



Chegou a altura de atualizar os dados referentes aos 12 meses terminados em JUN/2015. Isto é, considero os meses de JUL/2014 a JUN/2015.

Assim, comparando os últimos 12 meses com os 12 meses terminados em JUN/2014

Receita Total : 42,239M€ ( + 693M€ ; + 1.7% )
Das quais :
Receitas fiscais : 37,764M€ ( + 790M€ ; + 2.1%)
IRS : 12,828M€ ( + 92M€ ; + 0.7%)
IRC : 4,565€ ( - 347M€ ; - 7.1%)
IVA : 14,355M€ ( + 857M€ ; + 6.4%)
ISP : 2,159M€ ( + 64M€ ; + 3.1%)

Despesa Total : 49,154M€ ( - 534M€ ; - 1.1%)
Despesa Corrente Primária : 41,780M€ ( - 501M€ ; - 1.2%)
Despesa de Capital : 1,331€ ( - 199M€ ; - 13.0%)

Despesas com juros : 7,374M€ ( - 33M€ ; - 0.4%)

Saldo Primário : + 459M€ ( melhorou 1,195M€ )

Saldo : -6,915M€ ( melhorou 1,228M€ )

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Dívida Pública Portuguesa - JUN/2015 - Dados do Banco de Portugal



Os dados divulgados pelo Banco de Portugal incluem os depósitos que o Estado detém e que, na prática, podem abater à dívida para obter a dívida líquida.

Evolução da dívida líquida:

Dezembro de 2010 : 158.736 mil milhões de €€ (boletim 04/2013)
Dezembro de 2011 : 170.904 (boletim 04/2013)
Dezembro de 2012 : 187.900 (boletim 04/2013)
Dezembro de 2013 : 196.304 (boletim 04/2014)
Dezembro de 2014 : 208.128 (boletim 05/2015)

Junho de 2015 : 210.736 (boletim 06/2014)

Aumento diário da dívida líquida:

2011 : 33.336.986€
2012 : 46.437.158€
2013 : 23.024.658€
2014 : 32.394.521€
2015 (até final de junho) : 14.408.840€

Em 2015 o aumento líquido da dívida é menor e os depósitos têm-se mantido acima dos 17 mil milhões de € ( +/- 10% do PIB).

Parece estar a chegar-se a um equilíbrio nos números macro. Evidentemente que as restrições orçamentais e os cortes têm sido muitos e, muitas vezes, cegos.

Este equilíbrio ainda não se reflete numa queda acentuada do défice, o que deverá a ter com timings da atualização dos dados que costumo consultar. Pena não haver sincronização entre eles para a observação ser mais facil.

Até breve!

Imagem Campanha Costa 2015



Retirei a imagem seguinte daqui



A dívida aumentou, é verdade. Mas não foi assim tanto... Era bom que indicassem as fontes deste cálculo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dívida Pública Portuguesa - JUN/2015 - IGCP



Dívida Pública Portuguesa total emitida (JUN/2015) : 220.640.591.846€

A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados:

2015 : + 21.201.120€ (últimos 12 meses terminados em JUN/2015)
2014 : + 35.271.397€
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€
2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida emitida diminuiu cerca de 3.515M€.

Comentários:

1. nos 12 meses terminados no final de JUN/2015, os certificados de aforro e tesouro responderam por 103% da necessidade de financiamento do Estado, o que significa que, neste período, a poupança interna financiou completamente as necessidades do Estado, se descontarmos as amortizações que tiveram de ser efetuadas.

2. 8.90% (8.70% no mês passado) do total da dívida é detida, diretamente, por particulares.

Este mês, apenas foram subscritos 101M€ de certificados por particulares, o que é um valor baixo para as necessidades.

Resta saber os dados do banco de Portugal para saber qual a variação líquida da dívida, isto é, tendo em conta os depósitos que o Estado detinha no final do mês de maio.

Até breve!

sábado, 4 de julho de 2015

Artigo no site http://www.voxeu.org/



Encontrei este artigo mas sem tempo para o ler agora, fica aqui como lembrete.

http://www.voxeu.org/article/greece-solvent-illiquid-policy-implications

terça-feira, 30 de junho de 2015

Crescimento do PIB : 2010 a 2014



Em resposta a comentários deste post, junto alguns dados que retirei daqui e daqui

(como é evidente, não comento a veracidade dos números e o tratamento numérico dos mesmos é da minha responsabilidade) 

Ficam os números: (desculpem a má formatação, foi copy-paste do excel)

NotaA coluna do valor anual foi corrigida às 23h30 de 30/06/2015


2010 2011 2012 2013 2014 2010-2014 anual
Spain 0 -0.6 -2.1 -1.2 1.3 -2.6% -0.5%
Greece -5.4 -8.9 -6.6 -3.3 0.6 -21.7% -4.8%
Portugal 1.9 -1.8 -3.3 -1.4 1 -3.6% -0.7%
Germany 4.1 3.6 0.4 0.1 1.4 9.9% 1.9%
France 2 2.1 0.3 0.3 0.4 5.2% 1.0%
United Kingdom 1.9 1.6 0.7 1.7 3.2 9.4% 1.8%
Italy 1.7 0.6 -2.3 -1.9 -0.2 -2.1% -0.4%
Ireland -0.3 2.8 -0.3 0.2 3.9 6.4% 1.2%
Iceland -2.9 2.1 1.1 3.5 2.9 6.7% 1.3%
Norway 0.5 1.3 2.9 0.6 1.8 7.3% 1.4%
Denmark 1.6 1.2 -0.7 -0.5 1.5 3.1% 0.6%
Sweden 6 2.7 -0.3 1.5 2.1 12.5% 2.4%
Finland 3 2.6 -1.5 -1.2 -0.2 2.6% 0.5%
United states 2.5 1.6 2.3 2.2 2.4 11.5% 2.2%
Canada 3.4 2.5 1.7 2 2.3 12.5% 2.4%
Brazil 7.5 2.7 1 2.5 0.3 14.6% 2.8%
China 10.4 9.3 7.7 7.7 7.4 50.3% 8.5%
India 10.3 6.6 5.1 6.9 7.4 41.9% 7.2%
Russian Federation 4.5 4.3 3.4 1.3 -3.8 9.8% 1.9%
Indonesia 6.2 6.5 6.3 5.8 5.2 33.8% 6.0%
New Zealand 0.7 2.3 2.5 2.5 3.6 12.1% 2.3%
Australia 2 2.3 3.7 2.5 2.8 14.0% 2.7%

  • Portugal, Espanha e Itália com variações negativas, mas a começar a inverter.
  • O número da Grécia impressiona: -4.8% por ano, nos últimos 5 anos!
  • Suécia e Finlândia surpreendem-me, por razões diferentes;
  • Canada, USA, Indonesia e Austrália parecem um relógio suiço!
  • Irlanda e Islândia já deram a volta por cima!
Algum comentário?

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Execução Orçamental - MAI/2015



Chegou a altura de atualizar os dados referentes aos 12 meses terminados em MAI/2015. Isto é, considero os meses de JUN/2014 a MAI/2015.

Assim, comparando os últimos 12 meses com os 12 meses terminados em MAI/2014

Receita Total : 42,107M€ ( + 706M€ ; + 1.7% )
Das quais :
Receitas fiscais : 37,710M€ ( + 974M€ ; + 2.7%)
IRS : 12,882M€ ( + 165M€ ; + 1.3%)
IRC : 4,531€ ( - 427M€ ; - 8.6%)
IVA : 14,277M€ ( + 868M€ ; + 6.5%)
ISP : 2,158M€ ( + 63M€ ; + 3.0%)

Despesa Total : 49,895M€ ( + 1,597M€ ; + 3.3%)
Despesa Corrente Primária : 42,311M€ ( + 1,207M€ ; + 2.9%)
Despesa de Capital : 1,314€ ( - 232M€ ; - 15.0%)

Despesas com juros : 7,584M€ ( + 391M€ ; + 5.4%)

Saldo Primário : - 205M€ ( piorou 501M€ )

Saldo : -7,788M€ ( piorou 891M€ )

Nota: pode consultar aqui os posts anteriores relacionados com a Execução Orçamental.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

PIB e Saldo do Estado - Relatório do INE (1º trimestre)



Deixo 2 quadros do relatório do INE, que pode ser consultado no site.

No primeiro quadro, estão descritas as receitas e despesas "do setor das Administrações Públicas"
(não sei ao que se refere, mas penso que serão o Estado Central, a SS e a CGA)

Variações no último ano, terminado em Março/2015:

Receita corrente : +685M€
Receita total : +375M€
Despesa corrente : +245M€
Despesa total : +1450M€

Despesa corrente primária : -35M€
Juros : +315M€
PIB : +2.5%

Os juros continuam a pesar muito, a despesa corrente primária manteve-se praticamente inalterada.

As despesas em "Consumo intermédio" e "Outras despesas de capital" foram as grandes responsáveis pelo aumento da despesas global, mas não sei a que se referem por isso não comentarei. Se algum leitor quiser esclarecer fico muito agradecido.


No 2º quadro, com os dados do PIB, permitem ter ideia entre o final de 2010 e o final de 2012 (-6.4%) e da recuperação iniciada em meados de 2013.
Nos últimos 8 trimestre, apenas no 4º trimestre de 2014 o PIB sofreu um decréscimo.



Comentários são bem-vindos!

Até breve!

terça-feira, 23 de junho de 2015

Dívida Pública Portuguesa - MAI/2015 - IGCP



Dívida Pública Portuguesa total emitida (MAI/2015) : 224.155.215.697


A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados: 

2015 : + 26.634.153€ (últimos 12 meses terminados em MAI/2015)
2014 : + 35.271.397€
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€

2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida emitida aumentou cerca de 3.813M€.

Comentários:

1. nos 12 meses terminados no final de MAI/2015, os certificados de aforro e tesouro responderam por 49% da necessidade de financiamento do Estado, o que significa que a poupança interna continua a suportar uma boa parte das necessidades do Estado, se descontarmos as amortizações que tiveram de ser efetuadas.

2. 8.70% (8.80% no mês passado) do total da dívida é detida, diretamente, por particulares.

Este mês, apenas foram subscritos 127M€ de certificados por particulares, o que ainda é um valor baixo para as necessidades.

Resta saber os dados do banco de Portugal para saber qual a variação líquida da dívida, isto é, tendo em conta os depósitos que o Estado detinha no final do mês de maio.

Até breve!

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Eleições legislativas 2015



Criei um questionário que pode encontrar no início da página, do lado direito, acerca das próximas eleições legislativas.

Até breve!

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Crescimento do PIB 2015



Para pagar a dívida, é necessário crescimento do PIB de modo a aumentar as receitas do Estado (impostos) e diminuir as despesas (por ex. com apoios sociais).

Nos 12 meses acabados em março de 2015, a Europa andou a várias velocidades

  1. UK, Espanha com crescimentos bastante acima da média da zona Euro
  2. Grécia, Itália, França e Alemanha abaixo da média da zona Euro
  3. Islândia e Irlanda, com as suas especificidades, a crescer bem
  4. Países nórdicos, com excepção da Filândia, tudo OK
  5. América do Norte e Oceania com crescimentos acima dos 2%
  6. India,China e Indonésia continuam com crescimento estonteantes
  7. Brasil e Rússia ops!

Aqui ficam os números:

  • Espanha : 2.6%
  • Grécia : 0.4%
  • Portugal : 1.5%
  • Alemanha : 1.0%
  • França : 0.7%
  • Reino Unido : 2.4%
  • Itália : 0.1%
  • União Europeia : 1.5%
  • Países do Euro : 1.0%
  • Irlanda : 1.7%
  • Islândia : 2.3%
  • Noruega : 2.6%
  • Dinamarca : 1.7%
  • Suécia : 2.6%
  • Filândia : 0.1%
  • USA : 2.7%
  • Canada : 2.1%
  • Brasil : -1.2%
  • China : 6.9%
  • India : 7.5%
  • Russia : 0.2%
  • Indonesia : 4.8%
  • Nova Zelândia : 2.5%
  • Austrália : 2.3%

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Dívida Pública Portuguesa - ABR/2015 - Dados do Banco de Portugal



Os dados divulgados pelo Banco de Portugal incluem os depósitos que o Estado detém e que, na prática, podem abater à dívida para obter a dívida líquida.

Evolução da dívida líquida:

Dezembro de 2010 : 158.736 mil milhões de €€ (boletim 04/2013)
Dezembro de 2011 : 170.904 (boletim 04/2013)
Dezembro de 2012 : 187.900 (boletim 04/2013)
Dezembro de 2013 : 196.304 (boletim 04/2014)
Dezembro de 2014 : 208.128 (boletim 05/2015)

Abril de 2015 : 208.791 (boletim 05/2014)

Aumento diário da dívida líquida:

2011 : 33.336.986€
2012 : 46.437.158€
2013 : 23.024.658€
2014 : 32.394.521€
2015 (até final de abril) : 5.525.000€

Em 2015 o aumento líquido da dívida está muito controlado e os depósitos têm-se mantido em torno dos 17 mil milhões de €€.

Parece estar a chegar-se a um equilíbrio nos números macro. Evidentemente que as restrições orçamentais e os cortes têm sido muitos e, muitas vezes, cegos.

Este equilíbrio ainda não se reflete numa queda acentuada do défice, o que deverá a ter com timings da atualização dos dados que costumo consultar. Pena não haver sincronização entre eles para a observação ser mais facil.

Até breve!

terça-feira, 26 de maio de 2015

Execução Orçamental - ABR/2015



Chegou a altura de atualizar os dados referentes aos 12 meses terminados em ABR/2015. Isto é, considero os meses de MAI/2014 a ABR/2015.

Assim, comparando os últimos 12 meses com os 12 meses terminados em MAR/2014

Receita Total : 42,057M€ ( + 345M€ ; + 0.8% )
Das quais :
Receitas fiscais : 37,567M€ ( + 784M€ ; + 2.1%)
IRS : 12,787M€ ( + 87M€ ; + 0.7%)
IRC : 4,537€ ( - 534M€ ; - 10.5%)
IVA : 14,223M€ ( + 873M€ ; + 6.5%)
ISP : 2,141M€ ( + 41M€ ; + 1.9%)

Despesa Total : 49,256M€ ( + 93M€ ; + 0.2%)
Despesa Corrente Primária : 42,108M€ ( + 588M€ ; + 1.4%)
Despesa de Capital : 1,305€ ( - 252M€ ; - 16.2%)

Despesas com juros : 7,590M€ ( + 390M€ ; + 5.4%)

Saldo Primário : - 51M€ ( piorou 582M€ )

Saldo : -7,199M€ ( piorou 46M€ )

Nota: pode consultar aqui os posts anteriores relacionados com a Execução Orçamental.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Dívida Pública Portuguesa - ABR/2015 - IGCP



Dívida Pública Portuguesa total emitida (MAR/2015) : 220.342.273.948


A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados: 

2015 : + 14.171.120€ (últimos 12 meses terminados em ABR/2015)
2014 : + 35.271.397€
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€

2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida emitida diminuiu cerca de 499M€.

Comentários:

1. nos 12 meses terminados no final de MAR/2015, os certificados de aforro e tesouro cobriram em 118% a necessidade de financiamento do Estado, o que significa que, em termos líquidos, a poupança interna dos particulares foi suficiente para as necessidades, se descontarmos as amortizações que tiveram de ser efetuadas.

2. 8.80% (8.70% no mês passado) do total da dívida é detida, diretamente, por particulares. Continua a diminuição da dependência relativamente a financiamento externo.

Este mês, apenas foram subscritos 134M€ de certificados por particulares, ligeiro aumento relativamente ao mês anterior, e ainda a níveis muito baixos.
Complementando o ponto 1. atrás, os portugueses emprestaram 134M€ ao Estado e, ainda assim, a dívida emitida diminuiu 499M€.

Resta saber os dados do banco de Portugal para saber qual a variação líquida da dívida, isto é, tendo em conta os depósitos que o Estado detinha no final do mês de maio.

Até breve!

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Estado emite dívida com maturidade em Abril de 2021



A notícia está aqui.

Na próxima 4ª feira, dia 27 de maio de 2015, o Estado emite dívida com maturidade em Abril de 2021.

Olhando para as quantidades que já estão emitidas, em 2021 o Estado já está comprometido a reembolsar 14.5 mil milhões de euros à troika e 8.5 mil milhões na emissão de obrigações que agora pretende reforçar.

Total: cerca de 23 mil milhões de euros. Não contando com os juros que teremos de pagar no vencimento das obrigações.

Parece-me muito, e talvez fosse prudente emitir a mais anos (2025 ou 2029 são anos em que o reembolso de empréstimos é muito baixo) aproveitando as taxas de juro baixas e a liquidez que o Estado tem afirmado ter.

Por outro lado, têm sido reembolsados antecipadamente parte dos empréstimos da troika e, se essa emissão tiver o objetivo de substituir parte desses empréstimos, será benéfico visto que as taxas pagas nestas emissões de obrigações a realizar serão, quase certamente, mais baixas que as pagas à troika.

Até breve!

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Portugal emite dívida a juros negativos



Algo que ainda me custa a perceber, tendo em conta que sempre nos habituamos a inflação e a taxas de juro positivas.

Hoje, nos bilhetes a 3 meses, o Estado por cada 100.00101€ que arrecadou terá de devolver 100€ em Novembro.

Nooutro prazo, o resultado foi que por cada 99.97877€ arrecadados hoje terá de devolver 100€ daqui a 12 meses.

A despesa com juros terá mesmo tendência a descer.

O reverso da medalha são os juros dos depósitos bancários e dos certificados de aforro e do tesouro que remuneram as poupanças dos particulares. A tendência é para todos...

Até breve!

domingo, 17 de maio de 2015

Calendário de amortizações para os próximos 12 meses



No post anterior colocaram a questão:

Poderia colocar aqui as datas dos pagamentos que Portugal tem de pagar da Divida?



A informação é pública e faz parte do relatório mensal do IGCP de 1bril de 2015.

O gráfico anterior tem os montantes a amortizar em cada mês. Não especifica os juros suportados.

domingo, 3 de maio de 2015

Execução Orçamental - MAR/2015



Como tenho feito de há uns tempos para cá, atualizo os dados referentes aos 12 meses terminados em MAR/2015. Isto é, considero os meses de ABR/2014 a MAR/2015.

Assim, comparando os últimos 12 meses com os 12 meses terminados em MAR/2014

Receita Total : 41,858M€ ( + 271M€ ; + 0.7% )
Das quais :
Receitas fiscais : 37,570M€ ( + 942M€ ; + 2.6%)
IRS : 12,790M€ ( + 186M€ ; + 1.5%)
IRC : 4,530€ ( - 528M€ ; - 10.4%)
IVA : 14,200M€ ( + 896M€ ; + 6.5%)
ISP : 2,125M€ ( + 34M€ ; + 1.6%)

Despesa Total : 49,011M€ ( + 99M€ ; + 0.2%)
Despesa Corrente Primária : 41,328M€ ( - 469M€ ; - 1.1%)
Despesa de Capital : 1,314€ ( - 287M€ ; - 18.0%)

Despesas com juros : 7,378M€ ( 244M€ ; + 3.4%)

Saldo Primário : + 531M€ ( melhorou 740M€ )

Saldo : -7,153M€ ( melhorou 172M€ )

sábado, 2 de maio de 2015

Dívida Pública Portuguesa - MAR/2015 - IGCP



Dívida Pública Portuguesa total emitida (MAR/2015) : 220.841.324.042


A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados: 

2015 : + 23.336.528€ (últimos 12 meses terminados em MAR/2015)
2014 : + 35.271.397€
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€

2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida emitida diminuiu cerca de 7.385M€.

Comentários:

1. nos 12 meses terminados no final de MAR/2015, os certificados de aforro e tesouro foram responsáveis por cerca de 73% do aumento da dívida, o que é um bom sinal de poupança interna. Esta poupança fica no país, e o Estado ainda recupera uma parte dos juros pois há retenção via IRS. Isto deve-se a amortizações extraordinárias, amplamente noticiadas, de parte da dívida ao FMI.

2. 8.70% (8.40% no mês passado) do total da dívida é detida, diretamente, por particulares. Este aumento, evidencia o continuar da diminuição da dependência relativamente a financiamento externo.

Este mês, apenas foram subscritos 78M€ por particulares, em linha com o esperado e aqui relatado em posts anteriores.

Até breve!

terça-feira, 14 de abril de 2015

Juros negativos nos certificados de aforro?



As recentes notícias de taxas negativas na Euribor colocaram todas as luzes em cima dos juros pagos pelos Estados pela dívida emitida.
Situação ideal, pois recebe-se 101, para devolver na maturidade, 100.
Seria muito bom para as contas de qualquer Estado, caso tudo o resto se conseguisse manter constante, como a receita fiscal ou o crescimento económico positivo.

Logo a seguir, falou-se na possibilidade dessas taxas poderem beneficiar os clientes com créditos habitação, fazendo com que o capital amortizado num determinado mês fosse superior à prestação paga pelo cliente.
O cliente pagaria 250€ e a amortização seria de 251€, arcando o banco com esta diferença.
Parece ser da mais elementar justiça, visto nos contratos não estar explícito qualquer limite superior ou inferior para as taxas a pagar. E diga-se, em abono da verdade, que os bancos têm obrigação de fazer gestão e cobertura de risco, algo muito limitado ao cidadão comum.

Hoje deparei-me com a notícia de que Juros negativos vão ter impacto nos certificados de aforro mas, neste caso, a notícia dá conta de que os aforradores nunca perderão o dinheiro aplicado nestes produtos, dado que a base legal para a remuneração destes produtos define a taxa de juro mínima como 0%.

O legislador entende, e a meu ver bem, que o aforrador não deverá ser penalizado por estas taxas incomuns ao nível das suas poupanças.
Também é verdade que, ao nível dos certificados, existe limite máximo para os juros pagos pelos Estados aos particulares e, daí, que considere equilibrado que as taxas de remuneração não possam ter valores negativos.

Até breve!

quarta-feira, 25 de março de 2015

Execução Orçamental - FEV/2015



Para atenuar um pouco os dados extraordinários que possam ocorrer num dado mês, vou colocar aqui os dados referentes aos 12 meses terminados em FEV/2015. Isto é, considero os meses de MAR/2014 a FEV/2015.

Assim, comparando com os 12 meses terminados em FEV/2014

Receita Total : 41,382M€ ( - 244M€ ; - 0.6% )
Das quais :
Receitas fiscais : 37,245M€ ( + 572M€ ; + 1.6%)
IRS : 12,800M€ ( + 149M€ ; + 1.2%)
IRC : 4,499€ ( - 555M€ ; - 11.0%)
IVA : 14,038M€ ( + 692M€ ; + 5.2%)
ISP : 2109.1M€ ( + 33M€ ; + 1.6%)

Despesa Total : 48,866M€ ( - 156M€ ; -0.3%)
Despesa Corrente Primária : 41,484M€ ( - 454M€ ; - 1.1%)
Despesa de Capital : 1286€ ( - 323M€ ; - 20.1%)

Despesas com juros : 7382M€ ( 299M€ ; + 4.2%)

Saldo Primário : - 102M€ ( melhorou 210M€ )

Saldo : -7,484M€ ( - 298M€ ; - 2.3% )

terça-feira, 24 de março de 2015

Dívida Pública Portuguesa - FEV/2015 - IGCP



Dívida Pública Portuguesa total emitida (FEV/2015) : 228.226.646.971


A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados: 

2015 : + 43.477.477€ (últimos 12 meses terminados em FEV/2015)
2014 : + 35.271.397€
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€

2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida emitida aumentou cerca de 2.341M€.

Comentários:

1. nos 12 meses terminados no final de FEV/2015, os certificados de aforro e tesouro foram responsáveis por cerca de 40% do aumento da dívida, o que é um bom sinal de poupança interna. Esta poupança fica no país, e o Estado ainda recupera uma parte dos juros pois há retenção via IRS.

2. 8.40% (8.47% no mês passado) do total da dívida é detida, diretamente, por particulares. É o 1º mês, após 19 meses consecutivos em sentido contrário, que esta %% dominui.

É de esperar que a dívida subscrita por particulares caia continue em baixa, embora as notícias recentes de bancos a pagar 0% por depósitos a prazo possam refrear as diferenças.

Até breve!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Execução Orçamental - JAN/2015



Para atenuar um pouco os dados extraordinários que possam ocorrer em dado mês, vou colocar aqui os dados referentes aos 12 meses terminados em JAN/2015. Isto é, considero os meses de FEV/2014 a JAN/2015.

Assim, comparando com os 12 meses terminados em JAN/2014

Receita Total : 41099.6M€ ( - 357.6M€ ; - 0.9% )
Das quais :
Receitas fiscais : 36963.7M€ ( + 442.8M€ ; + 1.2%)
IRS : 12783.3M€ ( + 235.7M€ ; + 1.9%)
IRC : 4461.1€ ( - 605.5.2M€ ; - 12.0%)
IVA : 13868.5M€ ( + 580.9M€ ; + 4.4%)
ISP : 2109.1M€ ( + 23.5M€ ; + 1.1%)

Despesa Total : 48403.9M€ ( - 190.3M€ ; -0.4%)
Despesa Corrente Primária : 41388.1M€ ( - 377.2M€ ; - 0.9%)
Despesa de Capital : 1296.0€ ( - 316.8M€ ; - 19.6%)

Despesas com juros : 7040.6M€ ( 211.7M€ ; + 3.1%)

Saldo Primário : -288.5M€ ( melhorou 19.6M€ ; + 6.4%)

Saldo : -7304.3M€ ( - 167.3M€ ; - 2.3% ; aprox. - 4.3% PIB previsto em 2015 )


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Dívida Pública Portuguesa - JAN/2015 - IGCP



Dívida Pública Portuguesa total emitida (JAN/2015) : 228.226.646.971


A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados: 

2015 : + 47.227.484€ (últimos 12 meses terminados em JAN/2015)
2014 : + 35.271.397€
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€

2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida emitida aumentou cerca de 2.341M€.

Comentários:

1. nos 12 meses terminados no final de FEV/2015, os certificados de aforro e tesouro foram responsáveis por cerca de 40% do aumento da dívida, o que é um bom sinal de poupança interna. Esta poupança fica no país, e o Estado ainda recupera uma parte dos juros pois há retenção via IRS.

2. 8.40% (8.47% no mês passado) do total da dívida é detida, diretamente, por particulares. É o 1º mês, após uma série de 19 meses consecutivos em que esta %% diminui.

É de esperar que o peso da dívida subscrita por particulares continue em baixa, embora as recentes notícias de bancos a pagar 0% nos depósitos a prazo possa atenuar o "efeito Janeiro" em que houve um grande movimento de subscrição de certificados.

Até breve!

Dívida Pública Portuguesa - DEZ/2014 - Dados do Banco de Portugal



Já tinha, neste post, falado sobre a dívida pública no final de 2014.

O Banco de Portugal divulgou hoje que, a Dívida na ótica de Maastricht líquida de depósitos da administração central , era de 206.970.000.000€ (mais 5.725.000.000€ que no final de 2013), a que correspondem 128.7% do PIB (128.0% do PIB no final de 2013).

Quer em valores absolutos, quer relativamente ao PIB, verifica-se um aumento da dívida pública.

A expectativa era que o rácio com o PIB baixasse, acabou por subir um pouco.

Até breve!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Reembolso de parte do empréstimo ao FMI? - comentário



Bem, o meu post anterior contém um valor que não corresponde à realidade.
É o que dá fazer cálculos a olho sem ter a informação precisa para os fazer.

A poupança líquida do reembolso será de cerca de 500 milhões de euro, com está nesta notícia.

Assim, a poupança é de 100 milhões por ano, metade do que eu tinha adiantado.

Pelo facto, as minhas desculpas.

Tudo o resto se mantém, será bom pois a poupança é significativa.

edit: lembrei-me há pouco que a notícia talvez considere apenas a poupança direta de juros no empréstimo do FMI, e não aquilo que vamos pagar aos credores que nos emprestem para liquidar, antecipadamente, ao FMI. Neste caso, a minha primeira estimativa não andará longe da realidade...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Reembolso de parte do empréstimo ao FMI?



Foi notícia, há pouco tempo, que o Estado Português pretende devolver cerca de 14 mil milhões de euros ao FMI, fruto do empréstimo de 26.35 mil milhões aquando do resgate.

O Estado paga, por este empréstimo, uma taxa global de ~3.5%.

Tendo em conta a última operação de emissão de dívida a 10 anos e a taxa conseguida de ~2.5% faz todo o sentido emitir o máximo possível, para abater a essa dívida e poupar nos juros.

De acordo com o site do FMI e com cálculos meus a poupança seria, em média anual, superior a 200 milhões de euros em juros até 2019.

Este valor representa mais de 0.1% do PIB e. por isso, faz todo o sentido acelerar a venda de dívida e o reembolso ao FMI.

Se falarmos de dívida a 5 anos, cuja taxa é de ~1.5%, a poupança duplicaria e o resultado financeiro seria brutal: cerca de 1% do PIB nos próximos 5 anos.

Assim, não resta outra hipótese racional que não seja a emissão de dívida (seja via obrigações ou mesmo certificados) para a sua substituição direta pela do FMI.

Até breve!

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Distribuição da dívida pública - JAN/2015



Motivado pelo comentário do leitor Tyago Oliveira, pesquisei um pouco e fui ter ao já (por mim) esquecido Boletim Mensal do IGCP. Da sua edição de JAN/2015 temos os dados:

Dívida Pública emitida : 217.126M€

assim distribuída:

Obrigações do Tesouro : 42.6% (taxa de juro média 4.5%)
"Troika" : 36.4% (taxa de juro média 2.8% e maturidade média 13.5 anos)
Certificados (aforro e tesouro) : 7.9%
Bilhetes do Tesouro : 7.5%
Outra moeda não € : 2.2%
CEDIC (aplicações de outras instituições públicas) : 2.0%
Outros : 1.4%

Até breve!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Pensões - (1) - Resposta a um comentário



Por ser algo longa, aqui ficam alguma considerações acerca do comentário ao último post deixado por Torres da Silva, o qual agradeço.

Claro que não defendo que se deve punir quem é reformado, mas também entendo que não se devem continuar a sobrecarregar os trabalhadores no ativo e as gerações futuras com os erros cometidos no passado.

Em jeito de curiosidade, costumo dizer que a questão das pensões não é umm problema político mas de Matemática. E, talvez por isso, seja de tão difícil resolução pela classe política que nos tem governado.

Ora, eu não sou especialista do ponto de vista técnico sobre estes assuntos, mas curioso e defendo uma alteração algo profunda do sistema de pensões. Por ser um tema complexo, deixo alguns pontos que refletem a minha opinião.

a. As causas do desequilíbrio entre as contribuições e os pagamentos é a existência de um sistema de pensões que, quanto a mim, necessita de uma reforma mais ou menos profunda.

b. Atualmente, os trabalhadores no ativo pagam as reformas atuais e, neste sistema, esperam que na altura da sua própria pensão existam outros que lhes paguem as pensões.

c. Sabe-se que é insustentável o sistema atual, e sobrecarrega os trabalhadores no ativo e as gerações futuras.

d. Para tentar resolver, acho que têm de tomar-se algumas medidas, tais como:

  1. convergência dos regimes da CGA e da SS, não há razão para umas pensões serem calculadas de uma maneira e outras de outra;
  2. as pensões atuais, de valor mais elevado (por exemplo acima de 2x ou 3x o salário mínimo) têm de ser chamadas a contribuir para o sistema atual. Uma espécie de CES, tal como já existiu mas que penso que foi vetada pelo Tribunal Constitucional;
  3. a fórmula de cálculo das pensões futuras tem de ser revista, de modo a que reflitam, de modo mais realista, os descontos efetuados ao longo da carreira contributiva. Isto tem de ser feito gradualmente, para que as pessoas a quem faltam poucos anos não tenham um corte significativo nas sua pensão. Isto, na CGA já está feito, mas tem de ser revisto e generalizado;
  4. a pensão deverá ser contruída com base em 3 parcelas: P1: descontos obrigatórios para a SS nos moldes atuais, P2: descontos obrigatórios (com %% variável do rendimento) para um regime de capitalização pessoal (público ou privado) e P3: descontos facultativos para um regime de capitalização pessoal.
Comentários:
  • O primeiro ponto, só em poupanças de estrutura e pessoal, traria poupanças avultadas, para além da questão de equidade entre cidadãos.
  • O segundo ponto traria alguma solidariedade entre cidadãos, na medida em que diminuiria as discrepâncias entre rendimentos de pensões.
  • O terceiro ponto traria mais realismo ao montante das pensões futuras, tendo em vista o aumento da esperança média de vida.
  • O quarto ponto traduz a responsabilização que cada um teria na sua própria pensão. Já existem os PPR e o Regime Público de Capitalização, o primeiro com muitos aderentes pela via dos benefícios fiscais e do marketing da Banca e dos Seguros e o segundo com pouquíssimas adesões (eram 7.389 no fim de 2013) pelo facto da pouca divulgação deste produto, pouca preocupação da população em geral com estas questões e, claro, fraca capacidade de poupança de cada um.
Mas, principalmente, penso que falta coragem política para mexer neste problema. A população em geral teria de ser envolvida, informada e levada em conta nas suas expectativas para que se pudesse avançar.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Pensões - Um debate que ainda vai ter de ser feito.



Pelos dados finais de 2008 e de 2014, temos o seguinte:

2008 2014 Variação anual
Contribuições SS 13.082M€ 13.658M€ +0.7%
Pensões pagas SS 12.818M€ 15.457M€ +3.2%
Contribuições CGA 2.298M€ 5.018M€ +13.9%
Pensões pagas CGA 6.079M€ 8.503M€ +4.0%
Contribuições SS+CGA 15.380M€ 18.676M€ +3.3%
Pensões pagas SS+CGA 19.528M€ 23.959M€ +3.5%

Três comentários:
  • as contribuições para a CGA são, em grande medida, destinadas a pensões;
  • as contribuições para a SS abrangem muitas outras pretações socias para além das pensões: Subsídio familiar a crianças e jovens; Subsídio por doença; Subsídio desemprego e apoio ao emprego ; Complemento Solidário para Idosos; Outras prestações; Ação social; Rendimento Social de Inserção; pensão velhice do regime substitutivo dos bancários...
  • o aumento das contribuições para a CGA deve-se, em grande medida, ao aumento do pagamento por parte do Estado das contribuições devidas enquanto entidade empregadora, o que não era feito há muitos anos.
O saldo entre as contribuições e os pagamento (só de pensões!) tem aumentado em cada ano que passa e (também) passa, por aqui, a resolução para a viabilidade das contas públicas.

Não defendo que as pensões sejam altas, apenas que o seu cálculo seja revisto para que este saldo não aumente indefinidamente a bem das gerações actuais e futuras.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Receita fiscal: que impostos pesam mais?



De todos os impostos, IVA+IRS+IRC são os que mais arrecadam (por esta ordem) sendo responsáveis por quase 85% da receita fiscal.

A receita fiscal do Estado aumentou, desde 2009, a uma taxa anualizada de 3.9%, sendo que:

  • o IVA cresceu à taxa de 3.9%
  • o IRS cresceu à taxa de 7.5%,
  • o IRC decresceu à taxa de 0.1%
O único ano em que a receita decresceu relativamente ao ano anterior foi o de 2012.

Deixo o gráfico, com o peso de cada imposto em cada ano desde 2009, onde se nota:


  • IVA entre 35% e 40% do total, mantém-se num intervalo curto
  • IRS aumenta cerca de mais de 5p.p.
  • IRC, ISelo e ISP diminuem, paulatinamente, e de 28% passaram a representar 21% da receita.
Conclui-se que o aumento da receita é, na sua totalidade devida ao IVA (aumento das taxas e do consumo) e ao IRS (com o colossal aumento decretado por Vitor Gaspar).


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Execução Orçamental - DEZ/2014 (juros pagos)



Em 2014, o Estado pagou 7.098,4M€ em juros, e recebeu das aplicações 126,0M€.
Juros líquidos pagos: 6.972,4M€

Em 2013, o Estado pagou 7.010,4M€ em juros, e recebeu das aplicações 168,8M€.
Juros líquidos pagos: 6.841,6M€

Em 2014 foram pagos mais 130,8M€ que em 2013, ou sejam, +1.9%.

Ainda assim, são 4% - 4,5% do PIB só para juros, ou quase 17% das receitas do Estado.

Dá ideia que o crescimento do custo da dívida está controlado, mas o seu peso é colossal nas contas do Estado.
Só com um crescimento acima de 2% teremos condições para este peso começar a diminuir, e isso ainda é uma miragem.

A solução académica parece fácil: controlar e conter as despesas, aumentar a eficácia da máquina do Estado e fomentar a produção e as exportações.
O difícil é responder a : como?

Até breve!

Execução Orçamental - DEZ/2014 (dados globais)



Os números que apresento referem-se ao ano de 2014 e, como sempre, ao subsector Estado.

Receita total : 41.216,1 (+0.2%)
Receita corrente : 40.963,6M€ (+1.1%)
Receita de capital : 347,8M€ (-49.5%)

Despesa total : 48.403,9M€ (-1.0%)
Despesa corrente : 47.107,0M€ (-0.3%)
Despesa corrente primária (=corrente-juros) : 40.097,9M€ (-0.7%)
Despesa de capital : 1.296,6M€ (-21.3%)

Saldo global : - 7.092,5M€
Saldo prímário (=global-juros) : -83.5M€

Dívida Pública Portuguesa - DEZ/2014



Dívida Pública Portuguesa total (DEZ/2014) : 217.126.401.453


A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados: 

2014 : + 35.271.397€
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€

2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida diminuiu cerca de 1.145M€.

Comentários:

1. em 2014, os certificados de aforro e tesouro foram responsáveis por cerca de 39% do aumento da dívida, o que é um bom sinal de poupança interna. Esta poupança fica no país, e o Estado ainda recupera uma parte dos juros pois há retenção via IRS.

2. 7.9% (7.6% no mês passado) do total da dívida é detida, diretamente, por particulares. No final do ano passado esta %% era de 5.9%. É o 18º mês consecutivo em que esta %% aumenta.

É de esperar que a dívida subscrita por particulares abrande nos próximos meses, fruto da baixa das taxas de remuneração do capital.

Num outro dia apresentarei os números da execução orçamental e farei a minha análise habitual.

Até breve!