quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Teste de mestrado sobre o tema



Encontrei agora esta tese de mestrado.

Não li, mas pode ter interesse para quem segue o blog e gosta do tema.

Jorge Daniel Dias Portugal

Dívida Pública Portuguesa – Análise Dinâmica e Comparativa

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Execução orçamental JUL/2014 - comentários



O saldo orçamental descarrilou completamente no meses de junho e julho.

Coincidência, ou não, logo após a saída da troika.

Foram principalmente os itens seguintes a contribuirem para isto:

  1. Despesas com pessoal : + 470 M€
  2. Juros : + 558 M€
  3. Outras transferências : + 700 M€
Do outro lado, observam-se diminuições em
  1. Aquisição de bens e serviços : - 30 M€
  2. Outras despesas correntes : - 165 M€
  3. Subsídios : - 53M€
Do lado da receita : + 735 M€

Ou seja, as despesas correntes estão por controlar apesar do comportamento exemplar nas receitas.

Até breve!

Execução orçamental JUL/2014



Os dados mensais, comparados com os do ano passado:

Receita Total : 22381.8M€ ( + 392.2M€ ; + 1.8% )
Das quais :
Receitas fiscais : 19898.6M€ ( + 749.7M€ ; + 3.9%)
IRS : 6186.8€ ( + 361.9M€ ; + 6.2%)
IRC : 2730.8€ ( - 268.1M€ ; - 8.9%)
IVA : 7680.3€ ( + 404.3M€ ; 5.6%)
ISP : 1188.8€ (-3M€ ; -0.3%)

Despesa Total : 29024M€ ( + 1337.9M€ ; + 4.8%)
Despesa Corrente Primária : 24765.3€ ( + 780.1M€ ; 3.3%)
Despesa de Capital : 737.9€ ( - 141.5M€ ; - 16.1%)

Saldo : -6642.2M€ ( - 945.7M€ ; -16.6% ; aprox. -4% PIB previsto em 2014 )

A fotografia às contas piorou, e muito, com o dobrar do semestre...

Com os dados de uma soma móvel de 12 meses, para atenuar fatores extraordinários que possam desvirtuar um pouco os dados mês-a-mês, os números que considero relevantes, relativamente aos últimos 12 meses terminados em JUL2014 comparados com os dos últimos 12 meses terminados em JUL2013:
  • Receita fiscal :  +3.591M€ ; + 10.7%  (o crescimento entra em abrandamento, à espera que as despesas desçam...)
  • Despesa corrente primária : + 153M€ ; + 0.4% (sofreu com a reposição do subsídio de férias em 2014)
  • Saldo primário : - 2.744M€; (uma diminuição feita muito à conta do aumento de impostos...)
  • Juros : + 765M€ ; +11.5% (a dívida está a aumentar a um ritmo idêntico ao de há 12 meses, os juros pesam e muito)
Duas curiosidades
  1. os juros CoCo bonds renderam 205.2M€ este ano, até final de julho,
  2. as multas do código da estrada renderam 36.1M€ (-18% que nos primeiros 7 meses de 2013)
  3. Variação das despesas com pessoal : + 9.3% ( + 470M€ )
  4. Variação das despesas juros : + 15.1% ( + 557M€ )

Aparentemente, com a reposição dos subsídios e com o aumento da dívida, as contas descarrilaram...

Até breve!

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Dívida Pública Portuguesa - JUL/2014



Dívida Pública Portuguesa total (JUL/2014) : 215.770.955.074


A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados: 

2014 : + 27.612.210€ (últimos 12 meses terminados em JUL/2014)
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€

2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida aumentou cerca de 2.869M€, cifrando-se em 217.760.955.074€

Comentários:

1. nos últimos 12 meses, os certificados de aforro e tesouro foram responsáveis por cerca de 34% do aumento da dívida, o que significa que uma parte substancial da dívida é poupança interna.

2. 6.8% do total da dívida é detida, diretamente, por particulares. Este valor tem aumentado e é um bom sinal do lado da poupança. Por outro lado, parte destes valores estão, certamente, a vir da banca por sentimento de insegurança. No mês que vem, deverá haver aqui algum reforço desta ideia.

3. A velocidade do aumento da dívida está a reduzir-se. O enorme volume de juros pagos está a penalizar esta tentativa de redução.

4. Agosto é um mês calmo no pagamento de juros e amortizações, por isso deveremos observar uma certa estabilidade na dívida relativamente a estes dados.

Até breve!

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Evolução do saldo orçamental



Em tempo de férias, algumas considerações acerca das últimas contas disponíveis que são as dos primeiros 6 meses deste ano.

O saldo primário apresenta uma grande evolução no sentido de se tornar positivo;

As contas do saldo global são impactadas, principalmente, pelo aumento das despesas com pessoal (13º mês) e aumento do custo dos juros da dívida;

A dívida está a ser adquirida,

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Execução orçamental JUN/2014



Continuo com os dados de uma soma móvel de 12 meses, para atenuar fatores extraordinários que possam desvirtuar um pouco os dados mês-a-mês.

Neste sentido, apresento alguns dos números que considero relevantes, relativamente aos últimos 12 meses terminados em JUN2014 comparados com os dos últimos 12 meses terminados em JUN2013:
  • Receita fiscal :  +4.128M€ ; + 12.6%  (o IRS continua a abrandar o crescimento)
  • Despesa corrente primária : - 152M€ ; -0.4% (sofreu com a reposição do subsídio de férias em 2014)
  • Saldo primário : - 735M€; (subsídios de férias de 2014...)
  • Juros : + 669M€ ; +9.9% (a dívida está a aumentar a um ritmo muito menor que há 12 meses, daí os valores começarem a estabilizar)
Duas curiosidades

  1. os juros CoCo bonds renderam 55.3M€ este ano, até final de junho,
  2. as multas do código da estrada renderam 30.7M€ (-18% que nos primeiros 6 meses de 2013)

Até breve!

Dívida Pública Portuguesa - JUN/2014



Dívida Pública Portuguesa total (JUN/2014) : 212.902.182.983


A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados: 

2014 : + 17.135.795€ (últimos 12 meses terminados em JUN/2014)
2013 : + 26.667.217€
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€

2009 : + 39.133.457€

Este mês a dívida diminuiu cerca de 1.531M€, cifrando-se em 212.902.182.983€

Destaco dois pontos nestes dados:

1. o aumento da dívida nos últimos 12 meses foi bastante baixo, tendo em conta números anteriores;

2. nos últimos 12 meses, os certificados de aforro e tesouro foram responsáveis por cerca de 46% do aumento da dívida, o que significa que uma parte MUITO substancial da dívida é poupança interna.

O primeiro ponto é uma notícia menos má, a segunda é muito boa visto indicar estarmos bastante menos dependentes dos mercados e de emissões de dívida.

Até breve!