domingo, 24 de novembro de 2013

Dívida Pública - Outubro de 2013



Dívida total (fim de outubro de 2013) : 204.061.688.978


A dívida teve a seguinte variação média diária nos períodos indicados: 

2013 : + 28.916.418€ (+ 17.036.877€ nos últimos 12 meses)
2012 : + 53.616.271€
2011 : + 63.331.160€
2010 : + 52.132.112€

2009 : + 39.133.457€

O aumento da dívida pública parece estar a... diminuir... Frase catita, hein?

Nos últimos 12 meses, 6% da dívida emitida foi em certificados de aforro.
Este é um dos itens que, a aumentar, tem uma boa interpretação: existe poupança que é canalizada para o Estado e isso faz diminuir a dependência de financiamento externo.
Por outro lado, os juros pagos pelos certificados de aforro têm retenção de IRS, ao contrário das obrigações detidas por estrangeiros. O que são pequenas gotas de água que ajudam a manter o copo meio cheio...

Assim a economia consiga gerar riqueza e excedentes para as famílias...

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

4.5% são uma taxa aceitável?



O comentário do Ministro Rui Machete sobre a taxa de juro aceitável para Portugal deixar de necessitar do PAEF tem sido muito badalada nestes dias.

Fui ao site do IGCP e fiz rapidamente as contas às obrigações e títulos do tesouro. Os título dos tesouro (maturidades tipicamente abaixo dos 18 meses) têm uma taxa média de 1.4% e as obrigações emitidas uma taxa média de 4.3%. Assim de cabeça, os certificados de aforro pagam 3.2%, os novos certificados de poupança cerca de 4.2% (caso o investimento seja feito pelo período máximo de 5 anos) e o próprio empréstimo da troika está a custar perto de 4%.

Parece, por estes número, que apontar para 4.5% como máximo admissível para alguma sustentabilidade não é assim tão descabido...

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Sobre a sustentabilidade da Segurança Social



Vou escrever sobre alguns números do sistema público de pagamento de pensões. Falarei de Segurança Social (SS) para me referir à globalidade do sistema pois a Caixa Geral de Aposentações (CGA) tem fim definido, não vale a pena separar.

Desde 2008 até final de 2013:

  • as contribuições dos trabalhadores e das entidades empregadoras aumentaram 3.5% ao ano ;
  • os gastos com pensões aumentaram 4.5% ao ano ;
  • os gastos com subsídio de desemprego (SD) 13.2% ao ano ;
  • as pensões e o SD são cerca de 70% dos gastos da SS ;
  • o défice destes 2 itens tem aumentado a uma taxa anual de 9.7%, ou 669M€ por ano (em média) ;
  • a taxa de cobertura global das contribuições, relativamente às necessidades, tem decrescido 1.2 p.p. a cada ano. Em 2008 era de 72.9% e em 2013 será de 66.8%.

Nas contribuições dos trabalhadores e entidades empregadoras, não considero aquilo que o Estado tem de transferir dos impostos para cobrir o défice.

Relativamente ao desemprego, poderá dizer-se que é algo conjuntural, mas o que é certo é que tem de ser pago.

O gráfico seguinte ilustra a evolução da taxa de cobertura.



Num próximo post, desenvolverei o tema e os números que aqui apresento.

NOTA: os números relativos a 2013 são uma extrapolação da minha responsabilidade, tendo em conta os números conhecidos até ao final de setembro de 2013.